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** Boom Imobiliário: Recordes de Lançamentos no 1º Semestre de 2025, mas com Estoque Minguando

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O mercado imobiliário brasileiro viveu um primeiro semestre de 2025 para lá de agitado! A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) divulgou dados impressionantes: recorde de lançamentos de imóveis! A pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais mostrou um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024, chegando a incríveis 186,5 mil unidades. Olha só que número! É o melhor resultado desde o início da série histórica, lá em 2006.

E as vendas? Também decolaram! Um crescimento de 9,6% em comparação com o primeiro semestre de 2024, totalizando 206.903 unidades comercializadas e movimentando R$ 123 bilhões. Porém, uma notícia que chama a atenção: a oferta de imóveis disponíveis diminuiu 4,1% no mesmo período.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis) e responsável pela apresentação da pesquisa, o mercado parece estar se estabilizando após um período de crescimento explosivo. Ele destaca que, nos últimos 12 meses, foram lançadas mais de 414 mil unidades residenciais, um salto gigantesco se compararmos com as 244,6 mil unidades de 2020. “De 2020 para cá, o mercado cresceu 180 mil unidades. Isso significa cerca de 15 mil unidades a mais vendidas por mês do que há cinco anos”, afirma Petrucci.

**Demanda em alta, oferta em baixa:**

No segundo trimestre de 2025, a tendência de crescimento nos lançamentos desacelerou. Houve uma queda de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 93.319 unidades. Ainda assim, em comparação com o primeiro trimestre de 2025, houve um pequeno aumento de 0,1%. Já a oferta final de imóveis caiu 4,1% na comparação anual e 3,4% na comparação trimestral, fechando junho com 290.086 unidades.

Entre abril e junho, foram comercializadas 102,9 mil unidades, gerando R$ 68 bilhões em negócios. A análise dos dados indica um mercado com demanda bem mais aquecida do que a oferta, resultando na menor taxa de escoamento já registrada pelo indicador nacional. Na prática? Com o ritmo atual de vendas e sem novos lançamentos, o estoque disponível acabaria em apenas 8,2 meses!

Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, prevê um possível represamento de lançamentos no segundo semestre, com um aumento na contratação em julho e agosto, devido à tendência natural de alta nos preços. “A gente pode esperar um aumento na procura e consequentemente nos preços”, pondera Duarte.

**Minha Casa, Minha Vida: cenário em transformação**

A pesquisa também revelou uma mudança significativa na participação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Apesar de ainda representar uma fatia considerável do mercado, o programa perdeu terreno para imóveis destinados às classes média e alta. A participação do MCMV caiu de 53% para 47% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025.

No primeiro semestre, comparado a 2024, os lançamentos do MCMV cresceram 7,8%, as vendas avançaram 25,8% e a oferta final teve alta de 5,7%. Já no segundo trimestre, na comparação anual, houve queda de 15,5% nos lançamentos, enquanto as vendas e a oferta final subiram 11,9% e 5,7%, respectivamente. Comparando com o primeiro trimestre de 2025, houve queda em todos os indicadores do MCMV: lançamentos (-10,1%), vendas (-3,3%) e oferta final (-4,3%).

Segundo Petrucci, os bons resultados do MCMV no primeiro semestre foram impulsionados pelos números fortes do primeiro trimestre. No entanto, ele alerta para a necessidade de revisão das regras do programa, atualizadas pela Lei nº 14.620 em julho de 2023. “O tempo tá passando, o custo da construção tá subindo, e isso tá diminuindo o impacto positivo das melhorias no programa. Pode ser que o MCMV precise de uma nova avaliação dos seus limites e descontos”, finaliza o economista.

Fonte da Matéria: g1.globo.com