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** Bolívia: Segundo turno confirmado! Paz e Quiroga disputam a Presidência

** A disputa presidencial na Bolívia vai para o segundo turno! As pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo (17) pela Unitel e Ipsos Ciesmori apontam Rodrigo Paz e Jorge “Tuto” Quiroga como os principais candidatos. Olha só: Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), lidera com 31,3% dos votos, enquanto Quiroga, da coalizão Alianza Libre, fica em segundo, com 27,3%. O segundo turno tá marcado para 19 de outubro. Um cenário tenso, né?

Rodrigo Paz, de 55 anos, filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989-1993), se apresenta como uma alternativa centrista num país profundamente polarizado. Com passagens pela Câmara dos Deputados, vereadoria e prefeitura de Tarija – onde focou em infraestrutura e gestão fiscal – ele tenta se consolidar como um nome moderado, capaz de dialogar com diferentes espectros políticos. A plataforma dele? Estabilidade econômica, atração de investimentos estrangeiros e fortalecimento das instituições democráticas. Sua base de apoio parece estar concentrada entre os jovens urbanos e eleitores que buscam um novo caminho, longe da radicalização que marcou as últimas duas décadas.

Mas, a trajetória de Paz não é isenta de controvérsias. Ele enfrenta acusações de irregularidades em um projeto de construção de uma ponte em Tarija – a famosa “Puente Millonario” – que está sendo investigada pelo Ministério Público. Ele nega tudo, claro, e afirma ser vítima de perseguição política do Movimiento al Socialismo (MAS), o partido que governou a Bolívia por 20 anos.

Já Jorge “Tuto” Quiroga, 65 anos, é um peso pesado da direita boliviana. Formado em engenharia nos EUA, ele já foi vice-presidente de Hugo Banzer Suárez e assumiu a presidência em 2001, após a morte de Banzer, ficando no cargo até 2002. Neste curto período, aproximou-se dos EUA e adotou políticas econômicas liberais, uma marca que o acompanha até hoje.

Quiroga já tentou a presidência em 2005 e 2014, sem sucesso. Mesmo fora do poder, ele sempre foi uma figura influente, criticando abertamente os governos de Evo Morales e Luis Arce. Em 2025, ele se lançou pela coalizão Libre (Libertad y Democracia), defendendo cortes em subsídios ineficientes, modernização do Estado, combate ao narcotráfico e maior abertura econômica.

Mas, a trajetória de Quiroga também tem seus espinhos. Ele teve um papel importante nos bastidores da crise de 2019, quando Evo Morales deixou o país após acusações de fraude eleitoral. A Agência Boliviana de Informação relata sua participação nas negociações que levaram à saída de Morales, inclusive autorizando o voo que o levou ao exílio. Depois, foi nomeado representante internacional pelo governo de Jeanine Áñez, mas renunciou para concorrer à presidência. Em 2025, ele rompeu com um bloco oposicionista, sendo acusado de priorizar ambições pessoais em detrimento da unidade da oposição.

A Bolívia, na real, tá passando por uma crise econômica e política profunda. Inflação altíssima, falta de combustíveis e alimentos, e queda brusca nas reservas internacionais. As filas quilométricas para comprar itens básicos refletem o descontentamento da população. No campo político, o MAS chega enfraquecido: Evo Morales foi impedido de concorrer e Luis Arce desistiu da disputa.

Em resumo, o segundo turno entre Paz e Quiroga simboliza o fim da era MAS e a busca por um novo rumo para o país. De um lado, um centrista com acusações de corrupção, se vendendo como renovação; do outro, um conservador experiente, envolvido em polêmicas importantes. A gente só vai saber quem vence em outubro. *Com informações da Reuters e AP.*

Fonte da Matéria: g1.globo.com