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** Azul enfrenta segunda audiência de recuperação judicial nos EUA; saiba os detalhes

** A Azul Linhas Aéreas enfrenta hoje, quarta-feira (9), a segunda audiência de seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A maratona judicial, que começou há 40 dias, acontece em solo americano, com início previsto para as 15h (horário de Brasília). A expectativa é grande!

Em maio, a companhia, que tem seu principal hub em Campinas (SP), pediu proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA – algo parecido com a recuperação judicial brasileira. A dívida da Azul gira em torno de US$ 2 bilhões, e a ideia é manter as operações enquanto a empresa busca uma solução.

Segundo informações do Tribunal norte-americano, o Capítulo 11 permite que a Azul mantenha seus ativos, continue operando normalmente, negocie o adiamento de dívidas e, com aprovação judicial, consiga novos empréstimos. Isso, aliás, já aconteceu na primeira audiência, realizada em Nova York no dia 29 de maio. Nessa ocasião, a Justiça americana aprovou um financiamento de US$ 1,6 bilhões para a empresa.

**Como tá a situação da Azul?**

O plano de recuperação, aprovado na primeira audiência, prevê, entre outras coisas, a redução de 35% da frota. Isso não significa, necessariamente, menos aviões voando, segundo o vice-presidente institucional da Azul, Fábio Campos. Muitas aeronaves, principalmente modelos Embraer E-1 mais antigos, já estavam paradas por falta de peças ou manutenção. Além disso, alguns pedidos de novas aeronaves previstos para 2027, 2028 e 2029 serão renegociados. A Azul quer modernizar sua frota, apostando em aviões mais novos e econômicos, encerrando contratos de leasing de aeronaves antigas. O plano, que inclui 20 pedidos, visa otimizar operações e reduzir custos.

A Azul garante que o processo não afetará seus clientes. Não haverá alterações nas operações e, segundo a empresa, também não estão previstas demissões. O objetivo principal é reduzir drasticamente o endividamento e gerar caixa para a companhia.

**Por que essa situação?**

A pandemia de Covid-19, problemas na cadeia de suprimentos da aviação, turbulências macroeconômicas e a alta do dólar foram fatores apontados pelo CEO da Azul, John Rodgerson, como responsáveis pelas dificuldades financeiras da companhia. Ele já havia comentado sobre cortes de custos, falta de peças e o impacto do dólar alto em decisões como a suspensão de algumas rotas e o cancelamento de voos.

Vale lembrar que, antes mesmo do pedido de recuperação judicial, a Azul já havia negociado com credores para reduzir sua dívida em R$ 11 bilhões. Segundo Rodgerson, esse acordo deixaria a empresa “mais forte do que nunca”.

O Ministério dos Portos e Aeroportos acompanha o processo de perto e acredita na recuperação bem-sucedida da Azul, citando exemplos positivos de outras empresas do setor, como Latam e Gol. O ministério reforça seu apoio institucional à companhia.

Enfim, essa segunda audiência é crucial para o futuro da Azul. A gente acompanha tudo e te atualiza!

Fonte da Matéria: g1.globo.com