Um ataque russo na capital ucraniana, Kiev, deixou um rastro de destruição na última quinta-feira (31), resultando em, pelo menos, dois mortos e 52 feridos, segundo autoridades ucranianas. A situação é crítica, e o número de vítimas pode infelizmente aumentar, afirmaram. Mais de 12 localidades sofreram danos na ofensiva. Olha só o vídeo: [link para o vídeo]. Dá pra ver a força dos impactos das bombas em diferentes pontos da cidade. Uma tragédia!
Na terça-feira (29), o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, jogou gasolina na fogueira, dando um ultimato de dez dias à Rússia para encerrar as hostilidades na Ucrânia. Caso contrário? Tarifas severas de 100%, avisou ele durante visita à Escócia. “Estou dando dez dias para o Putin, a partir de hoje”, disparou Trump. O prazo, portanto, termina em 8 de agosto. A impressão que fica é que ele tá mesmo decidido a tomar medidas drásticas.
Essa não foi a primeira investida de Trump contra a Rússia. Duas semanas antes, ele já havia ameaçado tarifas de 100% sobre produtos russos e de seus parceiros comerciais caso não houvesse cessar-fogo em 50 dias. Na época, um assessor de Putin chamou a atitude de “ultimato teatral”. Mas dessa vez, a coisa parece mais séria.
Na segunda-feira (28), Trump demonstrou sua impaciência com Putin, dizendo estar decepcionado com o líder russo, em encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia. “Vou reduzir aqueles 50 dias para um número menor, porque acho que já sei qual vai ser a resposta”, afirmou o então presidente americano, num tom de frustração. Quando perguntado sobre um encontro com Putin, ele foi direto: “Não estou mais tão interessado em conversar com ele”.
Com as declarações de terça-feira, Trump reforçou a impressão de que Putin está enrolando e fingindo negociar um cessar-fogo. A estratégia de Trump parece ser pressionar a Rússia com essa ameaça de tarifas pesadas. A Ucrânia, aliás, elogiou a decisão de encurtar o prazo.
Analistas internacionais, no entanto, alertam que tarifas americanas contra a Rússia podem abalar o mercado global de petróleo. Questionado sobre o risco, Trump se mostrou tranquilo. Não tá nem aí, sabe?
O Kremlin, por sua vez, afirmou que não descarta uma reunião entre Putin e Trump em setembro, na China, durante as comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Mas a ida de Trump à China ainda não foi confirmada.
**Ameaça de Tarifas Severas:**
Já em 14 de julho, Trump havia declarado a intenção de aplicar tarifas de “cerca de 100%” sobre produtos russos, além das já existentes. A Casa Branca confirmou que a taxa seria de fato de 100% se não houvesse cessar-fogo no prazo. “Estamos muito, muito insatisfeitos, e vamos aplicar tarifas muito severas se não alcançarmos um acordo em 50 dias”, disse Trump na ocasião, em encontro com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca. Ele justificou a medida dizendo que “o comércio é excelente para resolver guerras”.
Desde o início da guerra, em março de 2022, os EUA impuseram uma série de sanções econômicas à Rússia, dificultando o comércio entre os dois países. Por isso, segundo a Casa Branca, os russos não foram incluídos no “tarifaço” anunciado por Trump em abril. Apesar das restrições, os dois países ainda mantinham relações comerciais em 2024, com um volume de US$ 3,5 bilhões, envolvendo produtos como fertilizantes, metais e até combustível nuclear, segundo dados do Escritório do Representante Comercial dos EUA.
Fonte da Matéria: g1.globo.com