A Coreia do Sul anunciou, no domingo, um acordo com os Estados Unidos para a libertação de trabalhadores sul-coreanos detidos numa fábrica da Hyundai na Geórgia. Ufa! Que alívio! Segundo a Associated Press, o chefe de gabinete presidencial, Kang Hoon-sik, confirmou o desfecho das negociações. Ainda faltam alguns ajustes administrativos, mas, segundo ele, já estão providenciando um avião fretado para trazer todo mundo de volta para casa.
Na real, a situação era bem tensa. No sábado, o ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, havia informado que mais de 300 sul-coreanos estavam entre as 475 pessoas presas na fábrica de baterias da Hyundai na quinta-feira. Imagina só o desespero!
A operação, comandada pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), foi gigantesca. Imagens divulgadas pelo ICE mostram agentes algemando e conduzindo os trabalhadores a ônibus de transporte de presos. Um vídeo, inclusive, mostra toda a tensão do momento. Ainda não há informações precisas sobre a situação migratória de cada um dos detidos, mas o governo Trump alegou que todos estavam trabalhando ilegalmente no país, violando as normas de seus vistos.
A LG Energy Solutions, parceira da Hyundai na joint venture de baterias, divulgou um comunicado afirmando sua cooperação com as autoridades. Um porta-voz da Hyundai Motor Co. ressaltou que, segundo eles, nenhum dos detidos era funcionário direto da empresa, e que a Hyundai prioriza a segurança e o bem-estar de seus colaboradores, cumprindo todas as leis e regulamentos.
Kang Hoon-sik declarou que o governo sul-coreano vai buscar melhorias no sistema de vistos para trabalhadores que viajam aos EUA, visando evitar novas situações como essa. Me parece que essa experiência toda vai gerar mudanças importantes nos processos de imigração. Afinal, ninguém merece passar por isso. O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, inclusive, estava em visita a Washington D.C. na época dos acontecimentos. Que situação complicada!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
