“Longlegs”, “Fale Comigo” e “Pecadores”… Tá cheio de filme de terror bom ultimamente, né? Misturando gêneros, deixando a gente fascinado e intrigado ao mesmo tempo. E “A Hora do Mal”, que estreia nos cinemas brasileiros nessa quinta (7), é mais uma prova de que o terror tá numa fase incrível, bem longe daqueles sustos baratos!
Olha só: a trama te prende do começo ao fim! A direção? Sabe exatamente como te deixar com medo, desconfortável… E o elenco? Sensacional! Atuações sólidas que tornam a experiência cinematográfica ainda mais impactante, mesmo pra quem não é tão fã de terror assim. Vale a pena conferir o trailer!
A história se passa em Maybrook, uma cidadezinha tranquila até que… 17 alunos da mesma sala acordam no meio da noite, saem correndo de casa e somem misteriosamente! Os pais, claro, ficam desesperados e apontam o dedo pra Justine Gancy (Julia Garner), a professora.
Justine, pra tentar entender o que aconteceu, começa a investigar. Ela busca respostas com Archer Graff (Josh Brolin), pai de um dos meninos desaparecidos, e Alex Lilly (Cary Christopher), o único aluno da sala que não sumiu. Mas, gente, o que ela descobre é muito mais sinistro do que imaginava… muito mais!
Terror em Seis Partes? Sim!
Uma das coisas mais geniais em “A Hora do Mal” é a forma como o diretor e roteirista Zach Cregger (que já tinha mandado super bem em “Noites Brutais”, de 2022) conduz a história. A estrutura lembra bastante “Rashomon” (1950), de Akira Kurosawa, e “Magnólia” (1996), de Paul Thomas Anderson – e ele mesmo confirmou isso em entrevistas.
A trama é contada a partir de seis personagens diferentes. Começa com o ponto de vista da Justine, depois passa pro Archer, depois pro Paul (Alden Ehrenreich, de “Han Solo: Uma história Star Wars”), um policial que se envolve nas investigações meio sem querer… E por aí vai. Não vou contar mais nada pra não estragar as surpresas, mas posso adiantar que o resultado é incrível! Um frescor que faltava no gênero.
Cregger é mestre em criar suspense. Tem momentos que te deixam de cabelo em pé, mesmo sendo um expert em terror. O silêncio, em algumas cenas, é tão assustador quanto qualquer grito! Isso é raro, viu?
A estrutura fragmentada é genial porque o filme responde algumas perguntas só pra levantar outras. Você fica sempre desconfiado, ansioso pra saber o que vai acontecer. A tensão nunca cai, e a imersão é total.
Elenco de Primeira!
Além da direção impecável e do roteiro exemplar de Cregger (que também assina a trilha sonora, junto com Hays Holladay e Ryan Holladay), o elenco é outro ponto alto. Josh Brolin e Julia Garner brilham!
Brolin, que a galera mais jovem conhece pelos filmes da Marvel, como “Vingadores: Ultimato” e “Deadpool 2”, transmite perfeitamente a revolta e o desespero de um pai. Sem exageros, ele mostra a transformação do personagem, que começa meio apático e termina disposto a tudo pra encontrar o filho, mesmo que tenha que enfrentar forças que não entende.
Garner, que também já fez parte do universo Marvel como a Surfista Prateada em “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”, tem um trabalho ainda mais desafiador. A Justine dela tem várias camadas, o que a torna bem mais real. A atriz consegue mostrar a tristeza e a dor de ser acusada injustamente, e como isso afeta sua alma. A parceria dela com Brolin é incrível!
Cary Christopher, o ator mirim que faz Alex, também merece destaque. A transição da alegria pra melancolia do seu personagem é fantástica. Ele segura muito bem as cenas importantes. E Amy Maddigan? Rouba todas as cenas em que aparece! Bennedict Wong (“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”), como Marcus, o chefe da Justine, também tem um papel marcante, protagonizando um dos momentos mais perturbadores do filme.
Com um final intenso e até desconcertante (no bom sentido!), “A Hora do Mal” é uma das melhores surpresas do ano no gênero terror. Parece que o filme saiu direto das páginas de um livro do Stephen King! Vale a pena assistir, seja você fã de terror ou não. Prepare-se para dormir com a luz acesa!
Fonte da Matéria: g1.globo.com