A prisão do suspeito de assassinar o ativista Charlie Kirk, anunciada em primeira mão pelo presidente Donald Trump, foi um alívio. “A gente pegou ele, quase certeza!”, disparou Trump na sexta-feira, 12, no programa “Fox & Friends”, em Nova York. “Tá preso, gente! Foi alguém próximo que entregou ele.” Ufa!
Trump foi quem deu a notícia bombástica da morte de Kirk, seu aliado político, na quarta-feira, 10. Kirk levou um tiro no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley (UVU), com cerca de 3 mil pessoas. Que tragédia, né?
Na sexta de manhã, as autoridades identificaram o preso: Tyler Robinson, 22 anos. Preso na quinta à noite, 11, cerca de 33 horas depois do crime. “Pegamos ele!”, comemorou o governador de Utah, Spencer Cox.
Robinson, eletricista em formação, morava com os pais em St. George, Utah – a uns 400 km do campus da UVU, perto do Parque Nacional de Zion. O mais velho de três irmãos, de uma família mórmon. A ficha corrida dele vai ser apresentada na terça, 16.
Segundo a CBS, fontes policiais disseram que o pai de Robinson reconheceu o filho nas imagens do FBI. Tyler confessou ao pai, que tentou convencê-lo a se entregar. Mas o rapaz, segundo informações, pensou em suicídio. Aí o pai ligou para um pastor amigo da família, que também é agente de segurança num tribunal. Juntos, eles acalmaram Tyler e chamaram os federais.
Um vídeo de segurança mostra Robinson chegando ao campus num Dodge Challenger cinza às 8h29, quase quatro horas antes do tiro. Cox contou que um familiar disse que Robinson tinha se tornado mais ativo politicamente nos últimos tempos. “Em um jantar recente, rolou uma conversa sobre o Charlie Kirk indo pra UVU. Alguém comentou que Kirk era cheio de ódio, espalhando ódio por aí”, relatou Cox.
Cox também disse que o colega de quarto de Robinson mostrou mensagens do Discord, de uma conta chamada “Tyler”. As mensagens falavam em pegar um fuzil num “ponto de entrega” – uma arma que foi encontrada enrolada numa toalha em um matagal perto do campus. O FBI confirmou que a arma, um fuzil Mauser .30-06 importado, era a suposta arma do crime. Nos estojos de munição, havia inscrições como “Ei, fascista! PEGUE!”, “O Bella ciao, Bella ciao, Bella ciao, Ciao, ciao!” e “Se você ler isso, você é GAY, kkkk”. “Bella ciao” é uma canção italiana da resistência contra a ocupação nazista.
O governador disse que não há outros presos na investigação. Os promotores vão apresentar as acusações formais na semana que vem. Robinson responde por homicídio qualificado, obstrução da justiça e disparo de arma de fogo com lesão corporal grave.
Kash Patel, diretor do FBI, afirmou que a cena do crime era grande, mas foi investigada rápido, com evidências forenses recuperadas. Os agentes chegaram 16 minutos após o tiro. “Ontem, às 22h, o suspeito foi preso”, disse Patel, após 33 horas de investigação, analisando 11 mil pistas.
Vários policiais foram vistos perto da casa de Robinson em St. George. “Agora que ele tá preso, a investigação continua”, disse o comissário Beau Mason, do Departamento de Segurança Pública de Utah.
A prisão veio após o FBI divulgar fotos do suspeito, usando óculos escuros, tênis Converse e uma blusa preta com uma águia e a bandeira americana. Ao pular do telhado, ele deixou marcas de mãos (DNA) e pegadas de Converse, confirmando as imagens de segurança. Ele ainda atravessou uma área gramada e uma rua antes de chegar à área arborizada onde a arma foi encontrada.
Patel disse que outro suspeito foi detido brevemente, mas liberado. Outra pessoa, vista em vídeos que viralizaram, também foi presa, mas não estava envolvida.
Fonte da Matéria: g1.globo.com