Olha só a situação em Gaza: a tragédia humanitária tá de partir o coração! Um grupo formado pela União Europeia e mais 26 países, incluindo pesos-pesados como Reino Unido, França, Japão, Austrália e Canadá, soltou um comunicado na terça (12) pedindo, com todas as letras, que Israel libere de vez a ajuda humanitária pra Faixa de Gaza. A coisa tá feia, gente. Eles afirmam que o sofrimento chegou a um nível inimaginável. Imagens de palestinos carregando sacos de farinha – como essa tirada em 1º de agosto, em Jabalia, por Bashar Taleb/AFP – mostram a realidade crua da fome que assola a região.
Na real, o comunicado vem na sequência do anúncio israelense de um plano pra ocupar toda a Faixa de Gaza, começando pela Cidade de Gaza – que abriga cerca de um milhão de pessoas. Isso, claro, gerou uma preocupação internacional gigantesca. O grupo, em nota divulgada pelo governo britânico, foi direto: “O sofrimento humanitário em Gaza atingiu níveis inimagináveis. A fome tá se instalando diante de nossos olhos. É URGENTE interromper e reverter essa inanição. O espaço humanitário precisa ser protegido, e ajuda humanitária nunca deve ser politizada”.
Eles pediram a Israel que, tipo assim, desbloqueie a atuação de ONGs e retire essas novas restrições – sem especificar quais – que estão forçando muitas organizações a deixarem Gaza. A pressão tá forte pra que medidas concretas e imediatas sejam tomadas para garantir acesso seguro e amplo pra ONU, ONGs internacionais e outros parceiros humanitários. O restabelecimento de todas as rotas humanitárias é essencial.
Aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou na terça, pedindo mais acesso a suprimentos antes do início da operação israelense na Cidade de Gaza, anunciada na semana passada. A pressão internacional tá aumentando cada vez mais por conta da fome em massa entre a população palestina e dos planos de Israel de tomar o território. Esse mesmo grupo de países já havia denunciado a distribuição de comida “a conta-gotas”. Israel, por sua vez, garante que há comida suficiente e que não há desnutrição generalizada. Mas a realidade nos vídeos e relatos é outra.
A situação é tensa. Na quinta-feira, em entrevista à Fox News, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou os planos de ocupar toda a Faixa de Gaza ao final da guerra, mas disse que não pretende anexar o território, e sim estabelecer um “perímetro de segurança”. Segundo a mídia israelense, a operação deve durar entre quatro e cinco meses, com foco na conquista de novas áreas da Cidade de Gaza. A população local vai ser evacuada e, depois, virão as operações militares com tanques, em busca do Hamas, inclusive em campos de refugiados.
Essa nova ofensiva, que já conta com uma operação terrestre robusta desde outubro de 2023, se intensificou após a divulgação de vídeos mostrando reféns israelenses em estado crítico. Um deles disse estar à beira da morte, outro apareceu cavando a própria cova. Isso enfureceu o governo israelense. Em comunicado na quinta (sexta no horário local), o gabinete de Netanyahu justificou a aprovação dos planos, alegando que “a maioria absoluta dos ministros acreditava que o plano alternativo não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns”.
Segundo o gabinete, a operação incluirá o fornecimento de ajuda humanitária, mas… cinco princípios foram aprovados para o fim da guerra: desarmamento do Hamas; retorno de todos os reféns (vivos ou mortos); desmilitarização da Faixa de Gaza; controle de segurança israelense sobre Gaza; e estabelecimento de um governo civil alternativo, que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
Essa nova investida pode piorar MUITO a crise humanitária, com a população palestina enfrentando fome generalizada, escassez de água e remédios. Mais de 61 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra, iniciada após um ataque terrorista no sul de Israel que matou mais de 1.200 israelenses e deixou mais de 250 como reféns.
A comunidade internacional reagiu com veemência. Vários países, como Alemanha, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Países Baixos, Dinamarca e Turquia condenaram a decisão israelense. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a expansão do conflito “tem que ser reconsiderada” e pediu um cessar-fogo imediato para a entrada da ajuda humanitária, além da libertação dos reféns. A China também expressou “profunda preocupação”. A Alemanha, inclusive, disse que vai suspender as exportações de equipamentos militares para Israel até novo aviso. A ONU também se manifestou contra a nova escalada. O secretário-geral da ONU, António Guterres, (nome dele não foi citado no texto original, mas é importante incluir) condenou fortemente a decisão, pedindo que Israel pare a ofensiva e permita o acesso de ajuda humanitária.
Enfim, a situação é extremamente preocupante e requer uma ação internacional imediata e decisiva.
Fonte da Matéria: g1.globo.com