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26 Países + UE clamam por ajuda total a Gaza: “Sofrimento inimaginável”

Olha só a situação em Gaza: a imagem de palestinos carregando sacos de farinha, recebidos de caminhões de ajuda que conseguiram entrar pela passagem de Zikim, em Jabalia (1º de agosto de 2025 – foto: Bashar Taleb/AFP), resume a tragédia. Nesta terça (12), 26 países, incluindo pesos-pesados como Reino Unido, França e Japão, além da União Europeia, soltaram a voz: o sofrimento em Gaza explodiu, atingindo níveis inacreditáveis. A solução? Desbloqueio total da ajuda humanitária, já!

O pedido direto é para Israel liberar completamente a entrada de suprimentos e garantir o trabalho das ONGs. Isso tudo num contexto tenso, viu? Israel aprovou um plano para assumir Gaza, começando pela Cidade de Gaza, lar de quase um milhão de pessoas. A escalada militar preocupa o mundo inteiro, e não é pra menos.

No comunicado conjunto, divulgado pelo governo britânico, o tom é de urgência: “O sofrimento humanitário em Gaza tá inimaginável. A fome tá se espalhando rapidinho. Precisa de ação imediata pra frear essa inanição. A ajuda humanitária precisa ser protegida, e nunca, jamais, deve ser usada como moeda de troca política”.

O grupo quer que Israel abra as portas para os trabalhadores humanitários e retire as novas restrições impostas às ONGs – sem especificar quais são essas restrições, mas o alerta é claro: algumas podem ser forçadas a sair de Gaza em breve. Eles pedem medidas concretas e permanentes para garantir acesso seguro e amplo à ONU, ONGs internacionais e parceiros humanitários, incluindo a reabertura de todas as rotas de ajuda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou nesta terça, pedindo mais acesso a suprimentos antes da ofensiva israelense na Cidade de Gaza, anunciada na semana passada.

A pressão internacional sobre Israel tá aumentando cada vez mais. A situação é crítica: fome em massa entre os palestinos e planos de ocupação total. O mesmo grupo de países que fez o comunicado já denunciou a entrega de comida “a conta-gotas”. Israel, por sua vez, garante que há comida suficiente e que não existe desnutrição generalizada. A diferença entre os relatos é enorme, e a verdade parece estar bem longe de ser alcançada.

Vale lembrar que, segundo informações da mídia israelense, a ofensiva, que deve durar entre quatro e cinco meses, vai focar em conquistar novas áreas da Cidade de Gaza. Ordens de evacuação e operações militares com tanques estão previstas, com o objetivo de combater o Hamas em locais incluindo campos de refugiados.

A intensificação da ofensiva em Gaza, que já conta com uma operação terrestre forte desde outubro de 2023, ganhou força após a divulgação de vídeos mostrando reféns israelenses em estado crítico. Um deles disse estar à beira da morte; outro apareceu cavando a própria cova. Isso tudo enfureceu o governo israelense.

Na quinta-feira (horário local), o gabinete de Benjamin Netanyahu confirmou a aprovação dos planos, justificando que “a maioria absoluta dos ministros acreditava que o plano alternativo não garantiria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns”. O plano inclui ajuda humanitária aos palestinos, mas também cinco princípios para o fim da guerra: desarmamento do Hamas; retorno de todos os reféns; desmilitarização de Gaza; controle de segurança israelense em Gaza; e estabelecimento de um governo civil alternativo, que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.

A situação é extremamente grave. Mais de 61 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra, desencadeada por um ataque terrorista em Israel que deixou mais de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.

A comunidade internacional, claro, condenou a nova ofensiva. A ONU e diversos países expressaram sua indignação. A Alemanha, por exemplo, disse que a decisão de Netanyahu piorou o cenário e anunciou a suspensão de exportações de equipamentos militares para Israel até novo aviso, reiterando, porém, o direito de Israel à autodefesa contra o Hamas. A Jordânia, o Egito e a Arábia Saudita também condenaram a ofensiva. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu uma reconsideração e um cessar-fogo imediato. A China disse estar “profundamente preocupada”. Países Baixos e Dinamarca classificaram a decisão como um erro grave. A Turquia, por sua vez, pediu o fim dos planos de guerra e negociações para a Solução de Dois Estados. Em resumo: a comunidade internacional está unida na sua preocupação e repúdio à escalada da violência em Gaza.

Fonte da Matéria: g1.globo.com