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Olha só! O dólar começou a quinta-feira (25) em alta, subindo 0,33% por volta das 10h45, chegando a R$ 5,3432. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, deu uma pequena escorregada, recuando 0,40% e fechando em 145.905 pontos. A explicação? Dados econômicos importantes, tanto do Brasil quanto dos EUA, movimentaram os mercados.
De manhã cedo, o Banco Central soltou seu relatório trimestral. A notícia? Uma revisão na previsão de crescimento da economia brasileira para 2025: de 2,1% para 2%. E mais: a projeção para 2026, ano de eleições, é ainda mais tímida: apenas 1,5%. Isso, segundo o BC, seria o menor avanço desde 2020, ano da pandemia. Meu Deus!
Logo em seguida, o IBGE divulgou a prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15. O índice subiu 0,48%, um pouquinho abaixo do que os especialistas esperavam (0,51%). Em 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,32%.
Do outro lado do oceano, nos EUA, a situação também estava agitada. A revisão do PIB do segundo trimestre e a atualização da inflação ao consumidor (PCE) no mesmo período estavam no radar dos investidores. Ufa! Muita informação para processar!
**Vamos aos números:**
**Dólar:**
* Acumulado na semana: +0,12%
* Acumulado no mês: -1,75%
* Acumulado no ano: -13,80%
**Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +0,43%
* Acumulado no mês: +3,58%
* Acumulado no ano: +21,79%
**Relatório de Política Monetária do BC:**
A revisão para baixo do crescimento do PIB em 2025, de 2,1% para 2%, e a projeção de apenas 1,5% para 2026, refletem a estratégia de manutenção dos juros altos para controlar a inflação. Se confirmado, será o menor crescimento desde 2020, quando o PIB encolheu 3,3% por causa da pandemia.
**IPCA-15 de setembro:**
O IPCA-15 subiu 0,48% em setembro, um pouco menos do que a previsão de 0,51%. Em 12 meses, a alta foi de 5,32%. O grupo “Habitação” liderou a alta, impulsionado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial após o fim do Bônus de Itaipu.
Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, viu o resultado com bons olhos, destacando a melhora na composição do índice, especialmente nos núcleos de inflação. Apesar do nível ainda elevado, acima do teto da meta (4,5%), ele acredita numa desaceleração da inflação. Na visão dele, a combinação de menor atividade econômica e recuo nos núcleos reforça essa perspectiva. Barbosa mantém a projeção de 4,6% para a inflação em 2023 e 4% para 2024, esperando cortes na taxa Selic a partir de janeiro, com redução inicial de 50 pontos-base, levando-a de 15% para 14,5%.
**Bolsas globais:**
Wall Street fechou em queda, com investidores cautelosos após comentários de Jerome Powell e na expectativa por novos dados econômicos. O Dow Jones caiu 0,37% (46.121 pontos), o S&P 500, 0,28% (6.637 pontos), e o Nasdaq, 0,34% (22.497 pontos).
Na Europa, os resultados foram mistos. O STOXX 600 recuou 0,14%, o CAC 40 (Paris) caiu 0,57%, enquanto o FTSE 100 (Reino Unido) subiu 0,29% e o DAX (Alemanha), 0,23%. As declarações de Donald Trump sobre a Ucrânia influenciaram a movimentação.
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, impulsionados por ganhos no setor de tecnologia e melhora nas relações comerciais entre EUA e China. Xangai subiu 0,83%, o CSI300, 1,02%, e o Hang Seng (Hong Kong), 1,37%. Tóquio teve alta de 0,30%. Por outro lado, Coreia do Sul (-0,40%), Taiwan (-0,19%), Cingapura (-0,37%) e Austrália (-0,92%) registraram quedas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com