A segunda temporada do Drag Race Brasil coroou uma campeã inesquecível: Rupor Nox! A drag pernambucana, que se descreve como uma “criança do sertão”, levou a melhor no dia 11 de setembro, em um evento em São Paulo que reuniu participantes, a apresentadora Grag Queen, os jurados Dudu Bertholini e Bruna Braga, e uma galera animada. Olha só que emocionante!
Anderson Braz, o artista por trás da Rupor, um ator e performer de 31 anos natural de Carnaíba (PE), vivenciou um momento mágico. No palco, abraçado com a mãe e a bandeira de Pernambuco (dá uma olhada no vídeo!), ele mostrou ao Brasil e ao mundo todo a força da sua família e da sua origem.
“Mesmo sendo do sertão, mesmo com todas as dificuldades que uma família sertaneja enfrenta, a gente chegou lá, na frente de todo mundo!”, contou Anderson, visivelmente emocionado, ao g1. “Estar com minha mãe ali foi incrível, não só pra mim, mas pra muita gente. Virou um símbolo de amor, afeto e carinho, sabe?”.
Dez drags arrasadoras disputaram o título, passando por provas desafiadoras de dança, costura, canto, desfile e as eletrizantes batalhas de “Lip Sync”. A competição, versão brasileira do sucesso internacional RuPaul’s Drag Race, é exibida na plataforma de streaming WOW Presents Plus.
E o prêmio? Uau! Rupor Nox faturou R$ 150 mil, um ano de produtos Anastácia Cosmetics, um cetro e, claro, a coroa de “Drag Superstar”!
**Carreira e Inspirações:**
Com 12 anos de carreira, Rupor Nox revela que a inspiração veio da franquia americana Drag Race. Mas, diferente de muitas drags, ela quis mergulhar na cena brasileira, principalmente a pernambucana. “Pesquisei bastante e descobri grupos incríveis, como o Vivencial Diversiones, um grupo teatral LGBT que fez história nos anos 70 e 80 na região. Drags como Sharlene Esse, Salário Mínimo e Raquel Simpson são e sempre serão grandes referências pra mim”, explica.
Na construção da personagem, Rupor incorporou a riqueza da cultura popular nordestina – elementos visíveis nos seus figurinos impactantes. “Forró, Luiz Gonzaga, Zé Dantas, xaxado, Lampião, Maria Bonita… tudo isso faz parte da minha vida, da minha infância, da minha carreira. Queria mostrar isso no Drag Race: a trajetória da Rupor, mas também um pouco do Anderson”, conta.
Já o nome? Uma mistura criativa! “Rubi”, da novela mexicana, e “Nox”, em referência ao “número de oxidação” – uma lembrança da época em que Anderson estudava Ciências Biológicas na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
**O Impacto do Drag Race no Brasil:**
Para Rupor, o Drag Race Brasil deu um super impulso à cena drag brasileira, incentivando um olhar mais atento para a cultura nacional. “A gente não tinha o hábito de usar muita música brasileira, né? Usávamos mais músicas internacionais. O programa nos forçou a enxergar a potência da música brasileira, e isso é incrível!”, afirma.
Mas, além de talento, Rupor defende a profissionalização da arte drag. “A gente precisa que as pessoas entendam que a arte drag é uma profissão de verdade, e não um hobpor. É fundamental que valorizem nosso trabalho, que paguem por ele e nos respeitem como profissionais”, ressalta.
“Criar uma apresentação, mesmo uma de cinco minutos, pode levar mais de uma semana! A gente pensa em cada detalhe do look, da performance… é um desgaste emocional enorme. O meu ser artístico demanda tempo, criatividade, e a gente não consegue simplesmente desligar”, desabafa.
**E o futuro?** Rupor Nox já está com tudo planejado! Turnês pelo Brasil e exterior, e a expansão do “Cabaré da Rubi”, projeto de drags recifenses, para outros estados. O sucesso da Rupor Nox é só o começo de uma trajetória brilhante!
Fonte da Matéria: g1.globo.com