Imagine transformar a sujeira do chiqueiro em gás de cozinha e adubo! Isso tá acontecendo em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Produtores rurais estão usando biodigestores pra transformar dejetos animais em biogás e fertilizante, uma solução incrível que reduz custos e aumenta a sustentabilidade.
Um dos pioneiros é o André Agostini. Ele tem mais de 100 animais – porcos e aves – e recebeu um biodigestor em 2023, através de um projeto do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural). “Foi demais!”, conta André. “O gás é de primeira, e a gente resolve o problema do esterco de uma vez. Limpa o chiqueiro, as baias, e joga tudo no alimentador do biodigestor”.
A economia, segundo ele, foi imediata. “A casa da minha mãe largou o gás de botijão! Não precisa mais comprar. Pra duas casas talvez precisasse de mais animais, mas pra uma só, já tá ótimo.”
Como funciona essa mágica? É simples: o biodigestor mistura 50% de esterco com 50% de água. Aí, acontece a fermentação da matéria orgânica, que gera dois produtos fantásticos: biofertilizante, usado na horta e em árvores frutíferas, e biogás, que vai direto pro fogão!
Daniel do Nascimento Duarte, agrônomo e extensionista do Incaper, explica que a tecnologia é acessível a todos: “O biodigestor é uma solução social, sabe? Ele pega os dejetos de porcos, vacas ou ovelhas e transforma em gás e adubo. É fácil de adaptar pra cada produtor.”
Valdeci da Silva Campin é outro produtor que colhe os frutos – literalmente! Ele usa o biodigestor há um ano e meio e alimenta o equipamento com esterco do gado todo dia. “A gente usa o adubo na horta, na pimenta, e o que sobra vai pro cafezal e pro pé de laranja. E o gás? Zero problemas até agora! A gente economiza uns 20 botijões por ano, cerca de R$ 2.500,00!”, comemora Valdeci.
O investimento inicial, em 2023, foi de R$ 6.500,00. E olha só: desde então, nem precisou de manutenção! “Funciona que é uma beleza, sem mau cheiro e sem o perigo dos botijões. Se vazar, não explode! Esse projeto é show de bola!”, afirma Valdeci.
Segundo o Incaper, pelo menos cinco famílias em Linhares já estão usando a tecnologia. E a ideia é expandir, porque o sistema serve tanto pra pequenas quanto pra grandes propriedades. “Não é uma novidade, mas a gente quer mostrar que funciona muito bem em propriedades pequenas aqui no Espírito Santo. Dá pra usar com poucos animais ou com muitos. O biodigestor se adapta às necessidades de cada agricultor”, destaca Daniel Duarte.
Pra esses produtores, o projeto significa economia, sustentabilidade e mais segurança no campo. É a prova de que o que antes era lixo pode se transformar em energia e fertilidade, construindo um futuro melhor. Isso sim é inovação!
Fonte da Matéria: g1.globo.com