Iza lançou na noite de ontem, 18 de setembro, o single “Caos e sal / Tão bonito”, um gostinho do que esperar de seu próximo álbum, totalmente dedicado ao reggae. A produção ficou por conta da dupla Fejuca e Nave. A cantora carioca, segundo ela mesma, está “abraçando” de vez o gênero jamaicano, mas será que isso é novidade? Na real, Iza sempre teve um flerte com o reggae!
Olha só: já faz seis anos que “Brisa” (2019), sucesso que misturou pop com reggae, deu um frescor incrível na discografia dela. E que tal lembrar de “Pesadão” (2017), a música que a lançou há oito anos, com uma batida que já mesclava rap e reggae? Tipo assim, a gente já percebia uma paixão por esse ritmo.
Mas “Caos e sal / Tão bonito” é diferente. Desta vez, a conexão com a ancestralidade afro-jamaicana tá em primeiro plano, tanto na música quanto na estética do clipe. Isso é incrível! Afinal, o reggae nasceu como um grito de resistência do povo preto e pobre da Jamaica, contra um sistema opressor.
Em “Caos e sal” (Iza, Rafa Chagas, Fejuca e Nave), essa ancestralidade pulsa forte. A letra celebra os ancestrais (“Bem que minha vó falou / Que a força dos ancestrais / Nos protege da dor”), ao mesmo tempo em que confronta a arrogância do poder (“Gente querendo / Pensando que tá no comando / Que é dono de tudo / Que manda no mundo / Só fala e não quer escutar”). Acho que a mensagem tá super atual para o Brasil de hoje.
Já “Tão bonito” (Fejuca, Nave, Guiggow, Joey Mattos, Carla Sol e Gale) tem uma pegada mais suave, misturando o reggae com afrobeat e um toque de romantismo sensual. A cadência é um pouco diferente.
No geral, Iza entrega um trabalho que impressiona. Esse mergulho no universo do reggae é profundo e mostra uma artista que se reinventa e se conecta com suas raízes. Três estrelas e meia, com certeza!
Fonte da Matéria: g1.globo.com