Rae Lil Black, nome artístico que Kae Asakura usava na indústria pornográfica, deu um giro radical na vida. Aos 29 anos, a japonesa, nascida em Osaka, abraçou o islamismo e agora se apresenta como Nuray Istiqbal. Uma mudança e tanto, né?
A trajetória de Nuray é fascinante. Ela entrou no mundo adulto aos 20 anos, mas, segundo ela mesma contou em entrevista ao canal Muslim Revert Stories, no YouTube, uma jornada espiritual a levou a um novo caminho. Sabe como foi? Viajando!
“Estive em Bali e na Indonésia. Depois, fui pra Malásia e conheci gente incrível por lá. Foi ali que usei o hijab pela primeira vez!”, revelou Nuray. A experiência a instigou a mergulhar mais fundo no islamismo. “Queria entender melhor aquelas pessoas e me tornar uma amiga melhor para elas”, explicou.
Mas não foi só isso. Nuray confessou que o islamismo a ajudou a superar problemas sérios. “Lutei contra a depressão por cinco anos ou mais. Era bem difícil”, desabafou. Antes, ela frequentava templos na Tailândia, mas sentia uma falta de conexão profunda. “Rezava, mas não sentia nada. Com o islamismo, foi diferente. Aprendi a rezar de verdade e senti meu coração se elevar, iluminado. Foi inacreditável!”, contou emocionada.
A reação dos pais, budistas, foi surpreendentemente tranquila. “Eles disseram: ‘Se você se sente iluminada com o islamismo, tudo bem, não nos importamos’. Que maravilha!”, comentou Nuray.
E a vida profissional? Mudou completamente. “Sim, abandonei a indústria pornográfica para sempre. Nunca mais!”, afirmou categoricamente.
A decisão, no entanto, não foi isenta de críticas. Nas redes sociais, Nuray recebe mensagens de apoio, mas também de gente que duvida ou ataca sua conversão. “Algumas pessoas não acreditam, mas, na real, isso não me afeta tanto. Embora, às vezes, seja pesado ler comentários tão agressivos”, admitiu. Mas ela já aprendeu a lidar com isso. “No começo, eu me preocupava muito. Mas aí pensei: ‘Tanto faz!’. Parei de ficar checando todos os comentários e as mensagens diretas. A gente se magoa muito quando fica nessa. Se percebo que as redes sociais estão me fazendo mal, prefiro ler um livro, sair, praticar esportes… qualquer coisa!”, disse, mostrando maturidade e autoconhecimento.
Para finalizar, com a convicção de quem encontrou sua paz, ela declarou: “O islamismo me ensinou que o único que pode me julgar é Alá”. Atualmente, Nuray também dá palestras sobre sua experiência. Que trajetória inspiradora, não é mesmo?
Fonte da Matéria: g1.globo.com