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Dólar Cai para R$ 5,27 após Corte de Juros nos EUA e Selic Estável

Nesta quinta-feira (18), o dólar começou o dia em queda, registrando uma baixa de 0,57% e atingindo R$ 5,2717 por volta das 9h10. Olha só, essa foi a menor cotação desde 6 de junho de 2023, quando fechou em R$ 5,2498. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, inicia suas operações às 10h.

A euforia nos mercados se deve à combinação de dois fatores: o primeiro corte de juros nos EUA em 2024 e a manutenção da taxa Selic no Brasil pelo Banco Central. Isso animou bastante os investidores! Resultado? O Ibovespa bateu recorde pela terceira vez consecutiva, fechando em 145.594 pontos e ultrapassando, pela primeira vez, a marca dos 146 mil pontos. O dólar, por sua vez, teve pouca variação ontem, fechando em R$ 5,3012.

Depois da “Superquarta” agitada, o mercado hoje deve digerir essas mudanças e seus impactos na bolsa e no dólar.

No front americano, o Departamento de Trabalho divulgará os pedidos semanais de seguro-desemprego referentes à semana encerrada em 19 de setembro. A expectativa é de 240 mil novos pedidos, ante os 263 mil registrados na semana anterior.

No Brasil, não há indicadores econômicos relevantes previstos para hoje. A atenção se concentrará no leilão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional, com oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).

**Como esses fatores impactam o mercado?**

**Dólar:**

* Acumulado na semana: -0,98%
* Acumulado no mês: -2,23%
* Acumulado no ano: -14,22%

**Ibovespa:**

* Acumulado na semana: +2,34%
* Acumulado no mês: +2,95%
* Acumulado no ano: +21,04%

**Corte de Juros nos EUA e Estabilidade da Selic no Brasil:**

Ontem, o Federal Reserve (Fed) anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, a primeira do ano. Além disso, divulgou novas projeções, indicando a possibilidade de mais dois cortes ainda em 2024.

Jerome Powell, presidente do Fed, em entrevista coletiva, ressaltou que os riscos para a inflação no curto prazo “estão inclinados para cima”, enquanto os riscos para o emprego apontam para baixo, criando uma situação complexa. Ele declarou que a demanda por trabalho enfraqueceu e a criação de empregos recente ficou abaixo do necessário para manter a taxa de desemprego estável. Powell ainda frisou que o Fed analisará a situação “reunião por reunião”.

Sobre as pressões de Donald Trump por cortes de juros, Powell disse que, até o momento, o impacto nos preços tem sido baixo, com as empresas absorvendo os custos.

A decisão do Fed ocorreu em meio aos constantes ataques de Trump, que há meses pressiona por juros menores, e à sua tentativa de demitir Lisa Cook, diretora do Fed. Essa tentativa de demissão, sem precedentes, chegou à Justiça, que suspendeu a decisão. O mercado reagiu com preocupação, interpretando a ação como um ataque à independência do banco central americano.

O único voto contrário à redução de 0,25 ponto percentual foi de Stephen Miran, indicado por Trump e aprovado pelo Senado em 15 de setembro. Ele defendia um corte de 0,5 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano. Lisa Cook votou a favor da redução.

No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, conforme o esperado pelo mercado. O comunicado do Copom e os possíveis sinais para o futuro serão analisados atentamente.

**Bolsas Globais:**

Wall Street reagiu positivamente ao corte de juros, com futuros do S&P 500 (+0,86%), Nasdaq 100 (+1,05%) e Dow Jones (+0,69%) em alta. A fala de Powell reforçou a expectativa de cortes adicionais até dezembro.

As bolsas europeias também abriram em alta, impulsionadas pela redução nos custos de crédito, principalmente para empresas de tecnologia. Apesar disso, algumas ações, como as da SIG, recuaram após um alerta sobre lucros. O STOXX 600 subiu 0,67% (554,32 pontos), o Financial Times 0,36%, o DAX 1,17%, o CAC-40 1,09% e o FTSE/MIB 0,66%.

Na Ásia, os resultados foram mistos. A China teve quedas após investidores realizarem lucros, apesar do otimismo global. O índice de Xangai caiu 1,15% (3.831 pontos), e o CSI300, 1,16% (4.498 pontos). Hong Kong (-1,35%), Tóquio (+1,15%) e Seul (+1,40%) apresentaram resultados distintos. Cingapura (-0,26%, 4.312 pontos) e Sydney (-0,83%, 8.745 pontos) também registraram quedas.

*Com informações da agência de notícias Reuters. (Imagem: Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP)

Fonte da Matéria: g1.globo.com