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Óleo de motor: mineral, sintético ou semissintético? Descubra o ideal para o seu carro!

A saúde do seu carro depende de uma revisão periódica, né? E o óleo lubrificante? Ah, esse não perdoa! Principalmente hoje em dia, com tantas correias banhadas a óleo que podem quebrar se você usar o óleo errado. Escolher o óleo certo – sintético, semissintético ou mineral – evita gastos extras com consertos que poderiam ser facilmente evitados.

Em carros novos, a troca de óleo geralmente tá inclusa nas revisões programadas pela montadora. Não esquece: seguir o cronograma é crucial para manter a garantia. Mas, se o seu carro já tem uma certa idade, a responsabilidade pela manutenção é toda sua. E isso não é só uma questão de dinheiro, viu? A segurança também tá em jogo!

Por isso, o g1 separou algumas dicas para você escolher o melhor óleo para o seu automóvel.

**Tipos de óleo:**

Antes de decidir qual óleo comprar, é preciso conhecer as opções disponíveis. São três tipos principais:

* **Minerais:** Os mais em conta, geralmente. São óleos com menos tecnologia na formulação. Eles custam menos, duram menos e são mais indicados para carros mais antigos. Um exemplo? O Fusca, que costuma usar óleo mineral 20W50.

* **Semissintéticos:** Também chamados de “óleos compostos”, eles ficam no meio termo entre os minerais e os sintéticos. Contém aditivos que melhoram o desempenho do motor, mas são mais baratos que os sintéticos. O Ford Escort 1.8, por exemplo, usava semissintético 15W40.

* **Sintéticos:** Os mais modernos e focados em desempenho. Eles usam alta tecnologia, são os preferidos dos motores mais novos e são usados em todos os carros zero km atualmente. A vantagem? Redução de atrito, melhor economia de combustível, menor temperatura de operação e proteção contra corrosão.

“Óleos lubrificantes não devem ser misturados! Senão, eles perdem as propriedades específicas para cada motor”, alerta Bruno Santos, consultor técnico automotivo da Mobil. “A fórmula de um lubrificante é cuidadosamente balanceada para alto desempenho. Misturar é pedir problema!”, completa ele.

**E mais algumas dúvidas importantes:**

* **Quando trocar o óleo?** O manual do proprietário é a sua bíblia! A maioria das montadoras disponibiliza o manual online também, caso você tenha perdido o impresso. No manual do Volkswagen Gol Last Edition, por exemplo, a troca é a cada 10 mil km ou 12 meses, o que vier primeiro. Mas atenção: condições adversas exigem trocas preventivas! Trânsito intenso (muitas paradas e arrancadas), trajetos curtos (menos de 8 km), períodos de inatividade prolongada, estradas ruins, regiões com muita poeira ou poluição industrial… tudo isso encurta o intervalo de troca. “A recomendação principal é seguir o que a fabricante indica. Tem casos de 5 mil km, 10 mil km, 15 mil km e assim por diante. Geralmente, é 10 mil km ou 12 meses”, explica Alexandre Dias, proprietário do Grupo Guia Norte Auto Center.

* **Óleo para motos?** As motos precisam de trocas mais frequentes. A Honda CG 160, a moto mais vendida do Brasil, por exemplo, precisa de troca a cada 6 mil km ou 12 meses. Já a scooter Elite 125 exige troca a cada 4 mil km. A regra é a mesma: consulte o manual!

* **Qual óleo escolher?** Olha só o manual do Gol Last Edition: “Utilizar somente a especificação de óleo do motor expressamente aprovado pela Volkswagen”. Perdeu a garantia? Pode ser por causa do óleo errado. A viscosidade e as especificações técnicas são fundamentais! “O lubrificante precisa ser o recomendado pelo fabricante do veículo. Garante que ele foi testado e aprovado para aquele modelo”, afirma Bruno Santos, da Mobil. A viscosidade (0W30, 10W40, 20W50, etc.) indica a fluidez do óleo em diferentes temperaturas. Cada motor exige uma viscosidade específica para funcionar melhor. “Os óleos estão cada vez mais fluidos, para melhorar a eficiência energética e a economia de combustível”, diz Santos.

* **Pode misturar ou completar o óleo?** Não é ideal, mas em situações de emergência, pode ser necessário. Só use óleos aprovados pela mesma norma. Os aditivos (anticorrosivos, antioxidantes, antiespumantes, detergentes, antidesgaste) podem reagir mal se misturados. “Não misture especificações nem marcas! Pode causar incompatibilidade química, perda de eficiência e até formação de borra”, avisa Tenório Jr., da JR Automotiva. Dias, do Guia Norte, reforça: “Use ou sintético, ou semissintético, ou mineral. Às vezes o motor funciona, mas a longo prazo, vai dar dor de cabeça”. Para completar o óleo, só em emergência! Troque o mais rápido possível depois.

* **Para economizar, posso mudar o tipo de óleo?** Não! É mito que motores mais velhos precisam de óleo mais grosso. Se a manutenção estiver em dia, as folgas nas peças serão mínimas e não vão exigir outro tipo de óleo. “É mito! Use o mesmo tipo de óleo até o fim da vida útil do motor. Antigamente, usavam óleo mineral ou semissintético para compensar o desgaste, mas isso está errado”, afirma Dias. Motores modernos usam sintético.

* **Óleo mais caro é melhor?** Não necessariamente. O que define a qualidade é a tecnologia e os aditivos usados na formulação. “Um óleo caro pode não ser o ideal para o seu veículo. Avalie as especificações técnicas”, orienta Santos. Dias completa: “É mito que óleo mais caro é melhor. Às vezes, só é mais caro por ter mais tecnologia, mas o seu motor não precisa disso”.

* **Correia banhada a óleo:** Em motores turbinados modernos, a correia do cabeçote é muitas vezes banhada a óleo. Usar o óleo errado pode danificá-la, diminuindo sua vida útil e até causando uma ruptura. “O óleo errado corrói, diminui a durabilidade e pode até estourar a correia”, explica Dias. O óleo precisa ser compatível com o material da correia. Se a correia romper, o prejuízo pode ser enorme! “Já vi casos em que a correia foi corroída pelo óleo errado. Aí, as válvulas batem nos pistões… o estrago é grande”, relata Tenório Jr.

* **Problemas com o óleo errado:** Além de não funcionar como deveria, um óleo errado pode causar borras, desgaste excessivo, superaquecimento e até fundir o motor. Pode também haver problemas de lubrificação, desgaste interno e rompimento da correia dentada.

Em resumo: consulte sempre o manual do seu veículo! Usar o óleo certo é fundamental para o bom funcionamento, a durabilidade e a segurança do seu carro. Não arrisque!

Fonte da Matéria: g1.globo.com