Olha só que situação! A última etapa da Vuelta a España, que aconteceu no domingo, dia 14 de setembro de 2025, terminou de um jeito, digamos, inusitado. Manifestantes pró-Palestina invadiram o percurso da corrida em Madri, causando um verdadeiro caos e interrompendo a prova antes mesmo da chegada oficial. Imagens da Reuters, feitas por fotógrafos como Guillermo Martinez, Ana Beltran e Bruna Casas, mostram a confusão.
Jonas Vingegaard, da Dinamarca, já era o campeão praticamente garantido – ele tinha uma vantagem considerável sobre o português João Almeida (1 minuto e 16 segundos) após vencer a etapa de montanha no sábado. Mas, acredite, ele nem sequer pôde cruzar a linha de chegada! Os manifestantes, quebraram as barreiras de segurança e tomaram conta de vários pontos do trajeto final, impedindo a passagem dos ciclistas.
A organização da Vuelta, diante da situação insustentável, tomou uma decisão drástica: interrompeu a 21ª etapa antecipadamente. “Por questões de segurança, a etapa foi encerrada. Não haverá cerimônia de pódio”, comunicaram os organizadores, enquanto milhares de manifestantes tomavam conta do centro de Madri. Imaginem a cena!
Na real, os protestos tinham como alvo a equipe Israel-Premier Tech, em protesto contra as ações de Israel em Gaza. A tensão já vinha crescendo: alguns ciclistas chegaram a cogitar abandonar a competição na semana passada, após incidentes em outras etapas que causaram quedas. A prova, que já vinha sendo marcada por protestos desde a quinta etapa, agora entra para a história por esse final tão tumultuado.
Mais de mil policiais foram mobilizados para tentar controlar a situação, mas não foi suficiente. Após o cancelamento da corrida, os confrontos continuaram, com manifestantes arremessando garrafas de água e outros objetos contra os policiais. O clima ficou pesado.
Curiosamente, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, declarou sua admiração pelos manifestantes em um comício em Málaga. “Hoje marca o fim da Vuelta”, disse ele. “Nosso respeito e reconhecimento aos atletas e nossa admiração pelo povo espanhol que está se mobilizando por causas justas, como a Palestina.” Uma declaração, no mínimo, polêmica.
A corrida, que durou três semanas, tinha seu percurso final, de Alalpardo até Madri, planejado como um desfile para o pelotão. Mas, por volta das 18h20 (horário da Espanha), tudo mudou. Vingegaard chegou a ser visto na TV cumprimentando seus companheiros de equipe em meio à confusão, antes que a interrupção fosse confirmada.
Apesar do final caótico, a Vuelta 2025 foi histórica para Vingegaard. Essa foi a sua terceira vitória em um Grand Tour, somando-se aos Tours de France de 2022 e 2023. Ele também se tornou o primeiro dinamarquês a vencer a Volta à Espanha. Uma conquista que, com certeza, será lembrada, mas não só pelas razões esportivas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com