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Signal: O aplicativo de mensagens que apareceu no julgamento da trama golpista

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou várias vezes o aplicativo Signal durante o julgamento da trama golpista, nesta quarta-feira (10). Isso chamou a atenção! Afinal, o que é esse aplicativo que parece tão importante?

Segundo um relatório da Polícia Federal (PF), militares usaram o Signal para trocar informações sigilosas sobre autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Olha só que situação!

O Signal é, na real, um app focado em segurança e privacidade. Ele usa criptografia de ponta a ponta, ou seja, só quem participa da conversa consegue ler as mensagens. Ninguém mais, nem mesmo o próprio Signal. Incrível, né? Esse padrão de segurança, aliás, foi adotado pelo WhatsApp lá em 2016.

Assim como outros aplicativos de mensagens, dá pra mandar textos, áudios, figurinhas e fazer videochamadas. Mas o que faz o Signal se destacar é a sua ênfase na privacidade. Ele oferece recursos que dificultam, por exemplo, que alguém te encontre só pelo seu número de telefone. Isso atrai muita gente que precisa de mais sigilo, como jornalistas, ativistas e informantes.

Figuras como Elon Musk, o bilionário dono do X, da SpaceX e da Tesla, e Edward Snowden, o ex-agente da NSA que expôs um programa de espionagem massiva dos EUA, já recomendaram o aplicativo. Isso fala por si só, não é?

Lançado em 2012, o Signal é mantido pela Signal Foundation, uma organização sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2018. A missão deles? Proteger a liberdade de expressão e garantir comunicação global segura usando tecnologia de código aberto e focada na privacidade.

Mas a história do Signal não se limita ao Brasil. Em março, ele ganhou destaque nos EUA por um motivo inusitado: um jornalista americano foi incluído, sem querer, em um grupo do Signal com membros do governo.

No grupo, integrantes do governo Trump discutiam planos militares contra rebeldes houthis no Iêmen. O editor-chefe da revista “The Atlantic”, Jeffrey Goldberg, foi quem revelou a situação. “Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos EUA usaria o Signal para discutir planos de guerra iminentes”, escreveu ele. O grupo incluía o secretário de Estado, o secretário de Defesa e até o vice-presidente dos EUA!

O jornal “The New York Times” classificou o episódio como “uma falha extraordinária de segurança”.

Já no governo Biden, apesar de não ser um canal oficial, o Signal era usado para agendar reuniões sensíveis ou ligações confidenciais, segundo fontes da Associated Press. Em 2024, o uso aumentou ainda mais, principalmente depois de o Serviço Secreto alertar sobre ataques cibernéticos da China e do Irã à Casa Branca.

A AP também reportou que autoridades importantes do governo Biden, como a vice-presidente Kamala Harris, o secretário de Defesa Lloyd Austin e o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, usavam o Signal para discutir assuntos sensíveis – assim como as autoridades do governo Trump fizeram.

No julgamento, aliás, a divergência de Fux sobre os crimes foi o que mais surpreendeu a todos.

Fonte da Matéria: g1.globo.com