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Dólar sobe com foco em inflação americana e julgamento de Bolsonaro

O dólar começou o dia em alta nesta quinta-feira (11), subindo 0,21% e chegando a R$ 5,418 por volta das 9h10. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriria suas portas às 10h. A verdade é que os investidores estão com a atenção dividida hoje!

De um lado, a economia: dados fresquinhos sobre a inflação nos EUA serão divulgados e, sabe?, isso mexe bastante com as expectativas sobre cortes na taxa de juros. Será que o Federal Reserve vai reduzir ou manter os juros? A resposta tá aí, nos números! Além da inflação, o mercado vai acompanhar o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, um termômetro do mercado de trabalho americano.

Do outro lado, a política: o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus sete co-réus por tentativa de golpe segue em pauta. A possibilidade de condenação e até mesmo retaliações do governo americano, gente, isso tudo está no radar dos investidores. Olha só a tensão!

O grande destaque do dia é o voto da ministra Cármen Lúcia, previsto para as 14h. Até agora, dois ministros já votaram pela condenação de todos os acusados: Alexandre de Moraes, o relator, e Flávio Dino. Mas, que surpresa, o ministro Luiz Fux divergiu, sugerindo a absolvição total ou parcial — inclusive para Bolsonaro, alegando falta de provas contundentes. Que reviravolta!

**Entenda a dança do dólar:**

* **Dólar:**
* Acumulado na semana: -0,11%
* Acumulado no mês: -0,28%
* Acumulado no ano: -12,51%

* **Ibovespa:**
* Acumulado na semana: -0,18%
* Acumulado no mês: +0,68%
* Acumulado no ano: +18,38%

**O julgamento de Bolsonaro:**

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade, na quarta-feira (10), ao julgamento da chamada “trama golpista”. Depois dos votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação, foi a vez de Luiz Fux. Ele, na quarta, descartou o crime de organização criminosa, votando pela absolvição de Bolsonaro e dos demais réus por esse crime. Mais que isso, Fux defendeu a nulidade da ação penal, argumentando que o STF não seria a corte competente para julgar o caso.

Fux declarou: “A Constituição da República delimita de forma precisa a restrita hipótese que nos cabe atuar originariamente no processo penal. Trata-se, portanto, de competência excepcionalíssima, tal atribuição aproxima o Supremo dos juízes criminais de todo o país”. Ele ainda argumentou que a acusação exige mais do que simples reuniões, a presença de vários agentes e a existência de um plano criminoso.

Com o voto de Fux, o placar ficou em 2 a 0 pela condenação de Bolsonaro e seus aliados.

**Reações internacionais:**

Em meio a tudo isso, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou ontem que o governo de Donald Trump estaria pronto para “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em referência a uma possível condenação de Bolsonaro. No entanto, ela também afirmou que, por enquanto, não há nenhuma ação adicional contra o governo brasileiro. A Embaixada dos EUA no Brasil compartilhou a declaração de Leavitt. O Itamaraty, sem citar os EUA diretamente, emitiu uma nota repudiando “o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força” contra a democracia brasileira.

**Bolsas globais:**

Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq bateram recordes na quarta-feira, impulsionados por dados de inflação mais baixos que o esperado, reforçando a expectativa de cortes de juros. O bom desempenho das ações da Oracle também contribuiu. O Dow Jones, por outro lado, caiu 0,48%, fechando em 45.490,92 pontos. O S&P 500 subiu 0,31%, para 6.533,06 pontos, e o Nasdaq Composite avançou 0,03%, para 21.886,06 pontos.

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa: o STOXX 600 caiu 0,01%, o DAX alemão perdeu 0,39%, e o FTSE 100 britânico teve baixa de 0,19%. O CAC 40 francês, entretanto, subiu levemente 0,15%.

Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam em alta, com destaque para a China e Hong Kong. Os investidores comemoraram os dados de inflação, que mostraram sinais de recuperação na indústria chinesa, indicando que as medidas do governo para controlar a queda de preços estão dando resultado. O Nikkei (Japão) subiu 0,9%; o Hang Seng (Hong Kong), 1,01%; o índice de Xangai, 0,13%; e o CSI300 (grandes empresas chinesas), 0,21%.

*Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte da Matéria: g1.globo.com