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Queda de Bayrou Aprofunda Crise Política na França; Macron Procura Novo Primeiro-Ministro

A França tá em meio a uma crise política daquelas! François Bayrou, primeiro-ministro nomeado por Emmanuel Macron em agosto de 2024, foi derrubado pelo Parlamento na segunda-feira (8). 364 parlamentares votaram contra o orçamento de 2026 proposto por ele, contra apenas 194 votos a favor. Nossa! Que situação!

Após a derrota, o gabinete de Bayrou anunciou que ele vai apresentar a renúncia ao presidente Macron na manhã desta terça. O Palácio do Eliseu já avisou que um novo primeiro-ministro será escolhido “nos próximos dias”. Isso é um baque, né? Afinal, Bayrou foi o quarto premiê francês em menos de dois anos! O antecessor dele, Michel Barnier, caiu pelo mesmo motivo.

Ainda não se sabe se Macron vai dissolver o Parlamento e convocar novas eleições – uma possibilidade, entre outras, que inclui até mesmo a renúncia do próprio presidente (coisa que ele já descartou). Ou então, ele pode tentar formar uma nova coalizão, mesmo que seja minoritária. Difícil prever o que vai acontecer.

Antes da votação, Bayrou fez um apelo à união nacional, argumentando que a questão do controle de gastos é crucial para a sobrevivência do país: “Membros do Parlamento, vocês têm o poder de derrubar o governo, mas não têm o poder de apagar a realidade. A questão vital, a questão de vida ou morte… é controlar nossos gastos, o superendividamento. Nosso país precisa urgentemente de lucidez, de unidade. Mas é a divisão que ameaça prevalecer”. Um discurso emocionante, mas que não foi suficiente.

As críticas a Bayrou e a Macron foram pesadas. Marine Le Pen, líder da extrema-direita na Assembleia Nacional, detonou o governo, afirmando que “o poder legislativo está paralisado pela falta de maioria”. Ela ainda acusou o governo de “gestão perdulária” e alertou para uma crise social latente. Já Boris Vallaud, do Partido Socialista, foi direto: “Só há uma pessoa responsável pela crise: o presidente da república e seus seguidores cegos”. Aí, é fogo no parquinho!

A queda de Bayrou aprofunda a crise econômica e política francesa. A segunda maior economia da zona do euro tá paralisada. A proposta de cortes de € 44 bilhões (cerca de R$ 280,8 bilhões) no orçamento de 2026 gerou críticas de todos os lados: a esquerda chamou de “austeridade”, enquanto a extrema-direita considerou “injusto”. Macron agora tem o desafio de encontrar um novo primeiro-ministro capaz de aprovar um orçamento no Parlamento.

Para piorar, as tensões sociais estão altíssimas. Grupos online convocaram protestos para esta quarta-feira, enquanto os sindicatos planejam uma mobilização em 18 de setembro. A França tá em um momento crítico, em meio à guerra na Ucrânia, à ascensão da China e às tensões comerciais com os EUA. A instabilidade política ameaça ainda mais a capacidade do país de controlar sua dívida, aumentando o risco de rebaixamentos de crédito. E o impacto disso no restante da Europa? Ainda é uma incógnita.

A situação fiscal francesa é preocupante. O déficit do ano passado foi quase o dobro do limite de 3% do PIB estabelecido pela União Europeia, e a dívida pública atingiu 113,9% do PIB. “Estou feliz que o governo vai cair”, disse Manuel Bompard, da França Insubmissa. Muitos na oposição compartilham da mesma opinião.

A sucessão de Bayrou apresenta diversos cenários. Macron já descartou uma nova dissolução do Parlamento, como fez no ano passado. A aliança de Macron perdeu a maioria em 2022, e o Reagrupamento Nacional se tornou o maior partido. Especialistas alertam que uma nova dissolução poderia fortalecer ainda mais a extrema-direita. Um governo técnico é uma possibilidade, mas diminuiria o engajamento dos partidos políticos. Muitos analistas apostam em um candidato socialista, mas isso traria desafios enormes, exigindo alianças delicadas com o bloco liberal de Macron e com a direita moderada. Laurent Wauquiez, líder dos conservadores, sinalizou que não pediria a queda de um primeiro-ministro socialista, mas o ministro do Interior, Bruno Retailleau, discordou. Uma verdadeira novela!

O “Le Monde” compara a queda de Bayrou a um “suicídio” político, enquanto o “Le Figaro” aponta a incapacidade do premiê de articular uma solução. A França, na real, tá em uma situação bem complicada.

Fonte da Matéria: g1.globo.com