** Olha só, que situação! As eleições legislativas em Buenos Aires, neste domingo (8), não foram tranquilas para a família Milei. A irmã do presidente Javier Milei, Karina, secretária-geral da Presidência, teve o nome rabiscado na lista de votantes. Alguém escreveu “3%” ao lado, uma clara referência ao escândalo de corrupção que a envolve. A imprensa argentina deu bastante destaque ao ocorrido.
Karina votou no Instituto Pedro Poveda, por volta do meio-dia. Em conversa com os jornalistas, ela enfatizou a importância da participação popular nas eleições, dizendo que “a população precisa ir às urnas”. Mas, na real, a mensagem não tá muito convincente diante do que está acontecendo.
O bafafá todo começou com uma denúncia bombástica de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Discapacidade (Andis). Segundo ele, Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem, subsecretário de Gestão Institucional, estavam envolvidos num esquema de propina com indústrias farmacêuticas. As empresas pagavam para garantir contratos com o governo para a compra de remédios.
A denúncia é grave! Spagnuolo afirma que o esquema rendia cerca de US$ 800 mil por mês (aproximadamente R$ 4,3 milhões), com Karina recebendo a maior fatia: entre 3% e 4% do valor total. Isso explicaria o “3%” rabiscado na urna, né? A investigação do caso está em andamento.
Essas eleições em Buenos Aires são um teste crucial para o governo de Milei. A província abriga quase 40% dos eleitores do país, e é um reduto tradicionalmente peronista, governado atualmente pelo opositor Axel Kicillof. Milei tá torcendo pela vitória do seu partido, A Liberdade Avança, mas a situação tá tensa.
Segundo uma pesquisa da consultoria Aresco, a aliança peronista Fuerza Patria tem uma pequena vantagem sobre o La Libertad Avanza: 36,7% contra 34,8%, com margem de erro de 1,24%. Me parece que o resultado dessas eleições vai mostrar de fato o tamanho da crise que o governo Milei enfrenta. A gente fica de olho!
Fonte da Matéria: g1.globo.com
