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Strada lidera vendas de carros novos no Brasil, mas Polo da VW respira no pescoço

A Fiat Strada disparou na frente em julho e agosto de 2025, mantendo a liderança nas vendas de veículos novos no Brasil. Dados fresquinhos da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), divulgados na quarta-feira (3), mostram que a picape da Fiat vendeu 87.424 unidades nos oito primeiros meses do ano. Olha só que diferença pequena: o Volkswagen Polo, que ficou em segundo lugar, emplacou 83.061 unidades, ficando a apenas 4.363 veículos da líder. No mês anterior, a diferença era maior, de 5.437 unidades. A disputa tá pegando fogo!

Confira o ranking dos mais vendidos até agosto de 2025:

1. Fiat Strada: 87.424 unidades
2. Volkswagen Polo: 83.061 unidades
3. Fiat Argo: 64.528 unidades
4. Volkswagen T-Cross: 61.252 unidades
5. Hyundai HB20: 49.980 unidades
6. Fiat Mobi: 48.374 unidades
7. Chevrolet Onix: 47.893 unidades
8. Hyundai Creta: 45.680 unidades
9. Toyota Corolla Cross: 44.692 unidades
10. Honda HR-V: 40.113 unidades

**Agosto: Disputa acirrada!**

Em agosto, a coisa ficou ainda mais apertada. O Polo da Volkswagen assumiu a ponta, mas com uma vantagem mínima: apenas 1.075 carros a mais que a Strada. Isso marca o quinto mês seguido com o hatch da VW na liderança, deixando a concorrência em alerta máximo.

Ranking de agosto:

1. Volkswagen Polo: 12.908 unidades
2. Fiat Strada: 11.833 unidades
3. Fiat Argo: 10.097 unidades
4. Toyota Corolla Cross: 7.737 unidades
5. Volkswagen T-Cross: 7.702 unidades
6. Hyundai HB20: 7.590 unidades
7. Fiat Mobi: 7.045 unidades
8. Hyundai Creta: 6.649 unidades
9. Chevrolet Onix: 5.815 unidades
10. Volkswagen Saveiro: 5.358 unidades

Arcélio Junior, Presidente da Fenabrave, comentou os resultados: “Agosto teve menos dias úteis que julho, o que impactou a comparação mensal. Mas, na real, a gente tá animado com a aceleração da média diária. Foi o melhor agosto desde 2013 e o melhor acumulado desde 2014! Isso indica que nossas projeções para o ano podem se confirmar.”

Ele também ponderou: “O desaquecimento da economia e os juros altos podem mudar tudo, afetando o crédito no setor.”

**Mais de 1,5 milhão de veículos emplacados no Brasil!**

Entre janeiro e agosto de 2025, foram emplacados 1.576.106 veículos novos no Brasil – carros, comerciais leves, caminhões e ônibus (motos e implementos rodoviários foram desconsiderados). Isso representa um crescimento de 3,17% em relação ao mesmo período de 2024 (1.527.715 veículos).

**Desempenho por segmento:**

**Automóveis:**

* 1.232.600 emplacamentos (janeiro a agosto de 2025), alta de 2,91% em relação a 2024.
* 172.280 emplacamentos em agosto, queda de 5,22% em relação a julho, mas alta de 0,78% na comparação com agosto de 2024.

**Comerciais leves:**

* 343.506 emplacamentos (janeiro a agosto de 2025), alta de 4,09% em relação a 2024.
* 42.210 emplacamentos em agosto, queda de 12,48% em relação a julho e queda de 19,22% em relação a agosto de 2024.

**Caminhões e ônibus:**

* 91.189 emplacamentos (janeiro a agosto de 2025), queda de 3,59% em relação a 2024.
* 10.858 emplacamentos em agosto, queda de 17,75% em relação a julho e queda de 23,18% em relação a agosto de 2024.

Considerando automóveis e comerciais leves (os principais segmentos), o crescimento foi de 3,17% de janeiro a agosto de 2025, comparado ao mesmo período de 2024.

**Projeções para 2025:**

A Fenabrave mantém a projeção de crescimento de 5% para 2025, totalizando 2.765.906 veículos vendidos, com:

* Automóveis e comerciais leves: alta de 5% (de 2.484.740 para 2.608.977)
* Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552)
* Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336)

Essa projeção mais cautelosa leva em conta preocupações com o cenário internacional e nacional, principalmente a queda nas vendas de caminhões, que a entidade acredita estar relacionada ao atraso na renovação da frota devido às novas normas de emissões Euro 6.

**Incertezas internacionais e nacionais:**

Segundo Tereza Fernandez, economista responsável pelas projeções macroeconômicas da Fenabrave, o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA é uma grande preocupação. “Ainda há incertezas sobre a aplicação das tarifas de Trump. Ele já está criando problemas no mercado internacional e vai diminuir o comércio global”, afirmou.

No Brasil, Tereza aponta o encarecimento do crédito, devido aos juros altos e aos desequilíbrios nas contas públicas, como fator de estabilidade nas projeções. “A inflação continua pressionada, apesar da desaceleração recente. Os juros estão altíssimos, e o grande problema é o déficit fiscal”, explicou a consultora.

Apesar disso, a Fenabrave destaca o Marco Legal de Garantias como uma ferramenta importante para minimizar os impactos dos juros altos sobre o crédito.

Fonte da Matéria: g1.globo.com