Olha só que arsenal impressionante a China mostrou no desfile militar desta quarta-feira (3), na Praça Tiananmen, em Pequim! A comemoração pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial serviu como um verdadeiro show de força, né? Com a presença ilustre do presidente russo Vladimir Putin, entre outras autoridades, o evento pareceu uma demonstração clara de que a China tá querendo disputar a hegemonia com os Estados Unidos.
O Exército chinês garantiu que todo o armamento exibido é de fabricação nacional e já está em operação. Imagens de veículos militares carregando mísseis hipersônicos DF-17 na Praça da Paz Celestial, durante um desfile anterior em 2019, já davam um gostinho do que estava por vir. Mas, acreditem, a parada deste ano superou as expectativas!
Entre as novidades, quatro mísseis antinavio roubaram a cena: YJ-15, YJ-17, YJ-19 e YJ-20. “YJ”, aliás, é a abreviação de “Ying Ji”, que significa “ataque de águia” em chinês. Esses mísseis, lançáveis de navios ou aviões, são capazes de causar danos devastadores a grandes embarcações. E sabe o que é mais incrível? Os modelos YJ-17, YJ-19 e YJ-20 podem ser hipersônicos, atingindo velocidades de pelo menos cinco vezes a do som! Uau!
Song Zhongping, comentarista militar e ex-instrutor do Exército chinês, explicou à AFP que esse desenvolvimento é crucial para a segurança nacional chinesa. Segundo ele, “é necessário que a China desenvolva uma capacidade de combate potente contra embarcações e porta-aviões para evitar que os Estados Unidos constituam uma grave ameaça”. A tensão no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China, claro, servem como pano de fundo para essa declaração.
Mas as surpresas não param por aí! Durante os ensaios para o desfile, dois novos veículos submarinos não tripulados de grande porte, com formato de torpedo, foram avistados. O “AJX002”, por exemplo, tem entre 18 e 20 metros de comprimento, segundo o site Naval News. Outro veículo estava escondido, mas a China já demonstra que, apesar de ainda estar atrás dos EUA em poder naval de superfície, lidera o desenvolvimento mundial de “veículos submarinos não tripulados extragrandes” (XLUUV), com pelo menos cinco tipos já em operação.
E prepare-se para se impressionar ainda mais: o HQ-29, descrito por alguns analistas chineses como um “caçador de satélites”, apareceu como uma das grandes estrelas do evento. Esse escudo antimísseis, montado em um veículo com rodas e equipado com dois contêineres de mísseis de aproximadamente 1,5 metro de diâmetro cada, é capaz de interceptar mísseis a uma altura de 500 quilômetros e até mesmo satélites de órbita baixa. Se as informações estiverem corretas, estamos falando do sistema de interceptação mais avançado já desenvolvido pela China, e um dos mais poderosos do mundo.
A internet também fervilhou com imagens de um enorme veículo retangular camuflado. O jornal South China Morning Post e a conta Zhao DaShuai no X (antigo Twitter), ligada ao Exército chinês, sugeriram que se trata de um sistema de defesa antiaérea a laser, possivelmente o “mais potente do mundo”, capaz de abater mísseis e drones.
Para completar o espetáculo de força, os especialistas esperam que mísseis balísticos intercontinentais, com capacidade de transportar ogivas nucleares, tenham tido um papel de destaque. “A China apresentará uma nova geração de armas nucleares”, afirmou o analista Song Zhongping à AFP. Em resumo, um desfile que demonstra, sem sombra de dúvidas, a ambição militar chinesa no cenário global.
Fonte da Matéria: g1.globo.com