Eduardo Saverin, o homem mais rico do Brasil em 2025 segundo a Forbes, fez sua fortuna como um dos fundadores do Facebook. Imagina só: um cara que ajudou a construir a maior rede social do mundo e, depois de alguns anos, se afastou completamente! Em 2025, sua fortuna batia a inacreditável marca de R$ 227 bilhões, um aumento de 45,5% em relação ao ano anterior – um recorde absoluto para um brasileiro. Esse crescimento estratosférico se deve, principalmente, à valorização da Meta, empresa-mãe do Facebook. As ações da Meta tiveram uma alta de 33% nos doze meses até junho de 2025, segundo a revista Forbes.
Apesar de manter ações da Meta, Saverin não está envolvido na administração do Facebook desde 2005. Essa saída polêmica, inclusive, foi retratada no filme “A Rede Social” (2010), com Andrew Garfield no papel de Saverin. Acho que todo mundo se lembra daquela interpretação, né?
Nascido em São Paulo em 1982, Saverin foi criado nos Estados Unidos. Formou-se em Economia em Harvard, onde conheceu Mark Zuckerberg e, em 2004, investiu US$ 15 mil no projeto que mudaria a história da internet: o Facebook. No início, Saverin cuidava da parte administrativa e financeira, enquanto Zuckerberg focava no desenvolvimento da plataforma. O sucesso foi meteórico, atraindo usuários e investidores a uma velocidade impressionante.
Mas, com o crescimento, vieram os conflitos. Segundo reportagem do Business Insider (2012), Zuckerberg queria mudanças significativas, como transferir a sede da empresa para Delaware, um estado com leis mais favoráveis aos negócios. Acontece que, segundo a publicação, Zuckerberg se sentiu incomodado com a postura de Saverin, chegando a declarar em mensagem para Dustin Moskovitz, outro fundador: “Ele deveria montar a empresa, obter financiamento e criar um modelo de negócios. Ele falhou em todas as três”. Ouch! Frio, né?
A relação desgastada culminou em julho de 2004, quando Zuckerberg criou uma empresa em Delaware para, basicamente, comprar o Facebook. Em menos de quatro meses, a participação de Saverin despencou de 65% para menos de 10%. E-mails revelados pelo Business Insider mostram a frieza de Zuckerberg: “Existe uma maneira de fazer isso sem deixar dolorosamente aparente para ele que a participação dele está sendo diluída para 10%?”, questionou ele a seu advogado. O advogado respondeu que tal ação poderia configurar descumprimento do dever fiduciário, um conceito legal que garante a transparência em acordos comerciais.
O Facebook processou Saverin, alegando invalidade de um documento que previa mais ações para ele; Saverin contra-atacou, usando o argumento do dever fiduciário. Anos depois, um acordo foi selado, garantindo a Saverin uma participação de 5% na empresa – um percentual que, mesmo reduzido, o transformaria em bilionário.
Saverin apareceu pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes em 2011, após o IPO do Facebook. Desde 2012, ele vive com sua esposa e filho em Singapura, após renunciar à cidadania americana. Desde 2016, ele comanda o B Capital, uma empresa de capital de risco, investindo em startups com alto potencial de crescimento. A história de Saverin é, sem dúvida, uma das mais fascinantes e complexas do Vale do Silício, uma verdadeira montanha-russa de sucessos e disputas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com