Nesta quarta (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cravou: não pretende ser candidato em 2026. “Não tenho a menor intenção, agora, de concorrer em 2026. Já deixei isso claro para a cúpula do partido. Com o presidente Lula, ainda não conversei”, afirmou Haddad em entrevista ao UOL. Mas, calma! Ele logo emendou: a decisão final, na real, cabe exclusivamente ao presidente Lula.
No sábado (23), Edinho Silva, presidente nacional do PT, jogou uma ideia no ar: Haddad disputando um cargo em São Paulo em 2026, tipo, governador ou senador. A estratégia? Dar um baita apoio a Lula na corrida pela reeleição, já que São Paulo é o maior colégio eleitoral do país. Um palanque poderoso, né?
Haddad também comentou sobre a naturalidade de partidos da base governista apoiarem outros candidatos no ano que vem. “Os partidos mais ‘establishment’, ligados à elite, devem apostar em candidatos conservadores, que defendem a privatização de estatais e cortes de direitos. O presidente espera que, enquanto estivermos juntos no governo, defendamos nosso legado”, explicou o ministro.
E ele foi direto: a elite brasileira não vai abraçar Lula em 2026. “A elite não suporta Lula, não consegue digerir o presidente. Não vai apoiá-lo, então vai ter que apoiar outro candidato. Eles têm problemas com a agenda progressista”, declarou Haddad.
Para o ministro, em certos momentos da história, a disputa de narrativas e projetos se sobrepõe aos indicadores econômicos. Ele avaliou que, se a economia estivesse ruim, com desemprego e inflação altos, a reeleição de Lula seria bem difícil.
“Até a esfericidade da Terra vira motivo de discussão, a eficácia da vacina também. Tudo vira alvo de contestação. Isso vai levar tempo para mudar, para a política voltar à racionalidade. Mas a situação está melhor que em 2018 e 2022. Temos condições de ter uma eleição minimamente civilizada. Muito civilizada, não”, admitiu Haddad.
Por fim, Haddad se mostrou animado com a equipe do Ministério da Fazenda, principalmente com a possibilidade de Dario Durigan, secretário-executivo, continuar no cargo caso Haddad decida concorrer em 2026. Olha só que interessante!
Fonte da Matéria: g1.globo.com