Olha só! O governo Trump decidiu aumentar a pressão sobre a Venezuela. Segundo a agência Reuters, os EUA mandaram mais reforços militares para o Mar do Sul do Caribe, bem pertinho da costa venezuelana. A gente tá falando de um cruzador de mísseis guiados, o USS Lake Erie, e um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, o USS Newport News. As duas máquinas de guerra devem chegar na região no começo da semana que vem, segundo fontes do Pentágono que falaram com a Reuters, mas preferiram não se identificar.
A missão? Mistério! Os militares americanos não deram detalhes, mas disseram que a movimentação toda visa combater ameaças à segurança nacional vindas de “organizações narcoterroristas” na região. Na real, isso tudo parece um recado claro para Nicolás Maduro.
Isso não é novidade, viu? Na semana passada já rolou um movimento militar bem grande por lá. A Reuters e a Associated Press reportaram o envio de outros navios de guerra, aviões, pelo menos um submarino e cerca de 4.000 militares pra região. O objetivo declarado? Combater os cartéis de drogas que usam a região pra levar drogas pra América do Sul e, de lá, para os EUA.
A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, foi bem direta na terça (19) sobre o motivo do envio das tropas. Ela disse que Maduro “não é um presidente legítimo”, chamou-o de “fugitivo” e “chefe de cartel narcoterrorista”, e que os EUA usariam “toda a força” contra o regime dele. Entende? Essa fala forte tem a ver com a recompensa de US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) oferecida pelos EUA em início de agosto por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.
Segundo o Departamento de Justiça americano, Maduro é acusado de conspiração com o narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio a crimes relacionados ao tráfico. Os EUA também acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo recentemente classificado como organização terrorista internacional.
A escalada de tensão é impressionante! Além desses novos navios, o governo Trump já tinha enviado três destróieres da Marinha, equipados com o poderoso sistema Aegis, três navios de desembarque anfíbio, aviões espiões P-8 Poseidon, e pelo menos um submarino, além de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais. Uau!
Maduro não ficou calado. Em resposta, ele anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para combater o que chamou de “ameaças” dos EUA.
A situação é tensa. De um lado, o poderio militar americano. Do outro, a Venezuela, com seu arsenal limitado, segundo o IISS (Instituto Internacional para Estudos Estratégicos). O IISS diz que as Forças Armadas venezuelanas têm “capacidades restritas” e “problemas de prontidão” por causa de “sanções internacionais, isolamento regional e uma crise econômica de longa data”. Isso tudo dificulta muito a compra de armas e tecnologia militar. Com tantas restrições, fica difícil avaliar a real capacidade militar da Venezuela, mesmo com alguns equipamentos relativamente modernos.
O Cartel de los Soles, apontado por Trump como liderado por Maduro, é apresentado pela imprensa latino-americana como facilitador de rotas de drogas para grupos como o Cartel de Sinaloa (mexicano) e o Tren de Aragua (venezuelano). E a postura de alguns países sul-americanos? O Equador (governado por Daniel Noboa), o Paraguai (com Santiago Peña na presidência) e a Guiana já seguiram a decisão de Trump de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista. Enquanto Equador e Paraguai são opositores do chavismo, a Guiana tem uma disputa territorial com Caracas pela região de Essequibo. A situação é, no mínimo, complexa.
Fonte da Matéria: g1.globo.com