A madrugada deste domingo (24) foi marcada por fortes ataques israelenses nos arredores da Cidade de Gaza. Aviões e tanques bombardearam as regiões leste e norte, destruindo prédios e casas, segundo relatos de moradores. Explosões incessantes foram ouvidas em Zeitoun e Shejaia, enquanto tanques alvejavam residências e vias em Sabra. Em Jabalia, ao norte, prédios foram reduzidos a escombros. A situação é tensa, sabe?
O exército israelense justificou a ação, afirmando ter retomado os combates em Jabalia para desmantelar túneis usados por grupos terroristas e consolidar o controle da área. Um porta-voz militar declarou que a operação permite “expandir o combate para outras regiões e impedir o retorno de terroristas do Hamas”. Isso tudo enquanto uma crise humanitária profunda se instala, né?
A ofensiva terrestre israelense rumo à Cidade de Gaza avança, enquanto organizações humanitárias denunciam uma fome generalizada entre a população palestina. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, rebateu as acusações, classificando-as como “mentira descarada”. Olha só a situação!
Uma imagem chocante: uma menina revira o lixo em Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, refletindo a dura realidade da população civil em meio aos ataques. A foto, tirada em 24 de agosto de 2025, é um retrato da tragédia.
Israel aprovou um plano para assumir o controle total da Cidade de Gaza, considerada o último reduto do Hamas. A implementação total está prevista para as próximas semanas, abrindo uma brecha para que Egito e Catar tentem mediar um cessar-fogo. A primeira fase do plano, no entanto, já começou na semana passada.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu dar continuidade à ofensiva. Ele declarou que Gaza será arrasada caso o Hamas não aceite as condições de Israel para o fim da guerra e a libertação de todos os reféns. Uma ameaça pesada, não acha?
O Hamas, por sua vez, acusou Israel de não levar a sério a possibilidade de um cessar-fogo, afirmando que um acordo é “a única forma de devolver os reféns”. O grupo responsabilizou Netanyahu pelas vidas dos israelenses mantidos em Gaza.
A proposta em discussão prevê um cessar-fogo de 60 dias, com a libertação de 10 reféns vivos e 18 corpos em Gaza, em troca da libertação de cerca de 200 prisioneiros palestinos detidos em Israel. Após o cessar-fogo temporário, Hamas e Israel negociariam um acordo permanente, incluindo o retorno dos demais reféns.
Na quinta-feira, Netanyahu declarou que Israel retomaria as negociações para a libertação dos 50 reféns – dos quais estima-se que cerca de 20 ainda estejam vivos – e o fim da guerra, mas em condições aceitáveis para Israel.
A situação humanitária é crítica. Metade dos dois milhões de habitantes de Gaza vive na Cidade de Gaza. Milhares já fugiram, carregando seus pertences em carros e riquixás.
“Perdi as contas de quantas vezes tive que tirar minha esposa e minhas três filhas de casa”, relatou Mohammad, de 40 anos, via aplicativo de mensagens. “Nenhum lugar é seguro, mas não posso arriscar. Se a invasão começar de repente, será fogo pesado.” A angústia na voz dele é palpável.
Outros, porém, se recusam a deixar suas casas. “Não vamos embora, que nos bombardeiem aqui mesmo”, disse Aya, de 31 anos e mãe de oito filhos. “Estamos com fome, com medo, e sem dinheiro para comprar uma barraca ou transporte.” A resiliência, misturada com desespero, é comovente.
Na sexta-feira, um grupo internacional de monitoramento confirmou a fome em Gaza, situação que provavelmente se agravará. Israel rejeitou a avaliação, alegando que ela desconsidera os esforços para aumentar a ajuda humanitária desde julho.
Neste domingo, o Ministério da Saúde de Gaza relatou mais oito mortes por desnutrição e fome, totalizando 289 óbitos, incluindo 115 crianças, desde o início da guerra. Israel contesta esses números.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, com a invasão de terroristas do Hamas no sul de Israel, resultando em cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e 251 reféns. A resposta militar israelense já causou a morte de pelo menos 62.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, deixando o território em ruínas e deslocando quase toda a sua população. A situação é, sem dúvida, desesperadora.
Fonte da Matéria: g1.globo.com