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Escândalo de corrupção na Argentina: Irmã de Milei é alvo de investigação

A irmã do presidente argentino, Javier Milei, Karina Milei, está no meio de um turbilhão. A Justiça argentina deflagrou, na sexta-feira (22), nada menos que 16 buscas! Tudo parte de uma investigação sobre um suposto esquema de propina que, segundo a mídia local, envolve altos funcionários do governo, incluindo a própria Karina. Nossa!

A confusão toda começou com áudios que, dizem, são do ex-diretor da Agência Nacional da Pessoa com Deficiência (ANDIS), Diego Spagnuolo. Nesses áudios, ele fala de subornos, mencionando Karina – secretária da Presidência – e Eduardo “Lule” Menem, subsecretário de gestão institucional, como beneficiários. Em um dos áudios que vazaram, Spagnuolo solta: “Estão roubando, vocês podem fingir que não sabem, mas não joguem esse problema pra mim, tenho todos os WhatsApps da Karina!”. Meu Deus!

Em outro, ele afirma: “estão fraudando minha agência”, e volta a citar Karina, insinuando que ela teria recebido propina. Ele ainda diz ter conversado com o presidente Milei. “Eles não consertaram nada”, finaliza o áudio. Acho que a situação tá tensa, hein?

A Justiça ainda não confirmou a veracidade dos áudios, e Milei não se pronunciou oficialmente. O chefe de gabinete disse que, segundo o presidente, Spagnuolo nunca teria mencionado o tal suborno. Por enquanto, não houve prisões nem acusações formais, tudo sob sigilo judicial.

O jornal Clarín reporta que assessores próximos a Milei estão em silêncio, esperando entender o que Spagnuolo tem nas mãos. Um funcionário da Casa Rosada resumiu a situação: “A verdade é que não vamos dizer nada porque não sabemos o que Spagnuolo pode fazer. Não sabemos o que ele tem, o que vai dizer, se vai depor… Até sabermos, não podemos fazer nada”. Entendo a cautela, mas a situação é delicada.

As buscas de sexta-feira (22) na casa de Spagnuolo resultaram na apreensão de carros, celulares e até uma máquina de contar dinheiro! Ele também está proibido de deixar o país. Além disso, a farmácia Suizo Argentina, apontada nos áudios como fornecedora de medicamentos à ANDIS e suposta pagadora de propina, também foi alvo de buscas. Segundo o La Nación, o dono da farmácia teria US$ 266 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) apreendidos.

Daniel María Garbellini, ex-diretor de Acesso a Serviços de Saúde da ANDIS, e os empresários Emmanuel, Jonathan e Eduardo Kovalivker (pai e filhos, donos da Suizo Argentina) também estão proibidos de deixar o país.

Essa investigação acontece em um momento complicado para Milei. Ele vem sofrendo reveses no Congresso, inclusive com a tentativa de anular um veto presidencial a um aumento no auxílio para pessoas com deficiência. Com as eleições de meio de mandato em outubro se aproximando, esse escândalo pode ser um grande problema para ele. Afinal, as eleições serão um referendo sobre as políticas de austeridade e reformas de mercado propostas pelo governo. A situação tá, no mínimo, tensa.

*Com informações das agências de notícias Reuters, Agence France Presse (AFP) e Associated Press (AP).

Fonte da Matéria: g1.globo.com