Ludmilla tá quebrando tudo! A cantora lançou uma parceria internacional de tirar o fôlego e, olha só, tá preparando um álbum inteiro dedicado ao R&B. Isso é incrível, né? A ideia é ousada, principalmente porque o R&B, que nasceu nos EUA, ainda não tá tão bombando por aqui no Brasil. A gente vê influências dele em vários artistas, de Tim Maia a Gloria Groove, mas, em termos de mercado, ainda tem muito espaço pra crescer.
O primeiro single desse projeto ambicioso, “Paraíso”, chegou em junho. E, na quinta-feira (21), rolou o lançamento de “Cam girl”, a segunda música, uma parceria com a megaestrela americana Victoria Monét. (A gente já ouviu aqui no g1 e… uau! Assista à análise no vídeo acima!)
Em entrevista ao g1, Lud explicou a ideia por trás do álbum: “O álbum fala das vivências de mulheres pretas. Já canto muito sobre amor, mas faltava algo pra performar nos shows”. Daí surgiu a letra sensual de “Cam girl”, onde Lud e Victoria brincam com a ideia de lives eróticas. “É uma música sobre se sentir no controle, sobre saber o quanto você é desejada e usar isso a seu favor. Falo de desejo e fetiche, mas mostrando que quem manda sou eu”, contou Ludmilla.
A capa de “Cam girl”, com Ludmilla e Victoria Monét, já virou hit nas redes.
Na música, a batida de funk carioca dá um toque brasileiro à melodia R&B, sem perder a essência do ritmo: as vozes suaves e os arranjos incríveis continuam lá. “É um jeito novo de apresentar o R&B, porque muita gente acha que é sempre lento, calmo, arrastado… mas não é só isso! Michael Jackson cantava R&B, assim como Beyoncé e Rihanna”, explicou a cantora.
Essa não é a primeira vez que Ludmilla flerta com o R&B. Sucessos como “Não quero mais” e “Sintomas de prazer” já trazem essa influência. E no “Numanice 3”, lançado em 2024, ela até regravou “So Sick”, clássico do Ne-Yo, em português!
O R&B também inspirou o pagode “Maldivas”. “Não criei a música em cima do pagode, eu injetei o pagode nela”, revelou o produtor Rafael Castilhol ao g1 em 2024.
E por falar em pagode… muita gente considera ele o R&B brasileiro. “A riqueza harmônica é o ponto em comum. São acordes e progressões mais elaboradas”, explicou Castilhol. “No sertanejo, por exemplo, é comum usar o acorde perfeito maior, progressões de três acordes. Já no pagode, assim como no R&B, tem mais espaço para mudanças de tom, harmonias mais complexas.”
Essa aproximação entre os gêneros foi a mudança mais significativa do pagode na última década, segundo Péricles, um dos grandes nomes do ritmo há mais de 30 anos. “Está na maneira de cantar. O samba sempre esteve na base, mas começamos a usar ‘blue notes’ [notas características do jazz e do blues, comuns no R&B], que não usávamos antes”, disse ele em entrevista ao g1 Ouviu. “Artistas como Ludmilla, Lucas e Orelha, Ferrugem, Gloria Groove e Dilsinho surgiram com essa linguagem totalmente diferente.”
Essa conexão com o R&B americano, que domina as paradas internacionais, impulsionou o pagode no Brasil nos últimos anos. E Ludmilla esteve na linha de frente desse movimento. Agora, ela quer fazer a mesma revolução com o R&B!
Fonte da Matéria: g1.globo.com