O governo argentino, sob o comando de Javier Milei, afirmou que ainda não recebeu o pedido de asilo de Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada por uma fonte oficial da Casa Rosada, que preferiu não se identificar, em resposta a questionamentos do g1. A declaração vem após a Polícia Federal (PF) divulgar, nesta quarta-feira (20), a descoberta de um documento no celular do ex-presidente, onde ele solicita asilo político na Argentina com urgência.
Olha só: a PF indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, por coação no curso do processo. A acusação se baseia em intimidações a autoridades envolvidas na investigação da tentativa de golpe de Estado. As investigações revelaram que Bolsonaro planejava sua fuga do Brasil desde fevereiro de 2024, usando o pedido de asilo como plano de escape para evitar a justiça.
O documento encontrado pela PF, sem data e assinatura, é um arquivo editável. Segundo a investigação, o teor indica claramente a intenção de Bolsonaro de se evadir do país para impedir a aplicação da lei. Impressionante, né? A PF também recuperou áudios e conversas apagadas do celular de Bolsonaro, envolvendo Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Essas conversas, segundo os investigadores, reforçam as tentativas de intimidação a autoridades brasileiras para atrapalhar as investigações sobre o golpe.
O relatório da PF é bem contundente. Diz que as mensagens mostram que as ações dos investigados tinham como objetivo coagir autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgam a AP n° 2668-STF. O objetivo? Favorecer Bolsonaro e impedir sua condenação pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Me parece que a situação é bem séria.
Ainda de acordo com a PF, o documento de 33 páginas foi criado por uma usuária chamada “Fernanda Bolsonaro”, provavelmente Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, nora do ex-presidente e esposa do senador Flávio Bolsonaro. Isso é incrível! A PF destaca que cerca de dois meses antes da última edição do documento, em 5 de dezembro de 2023, Bolsonaro informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que viajaria para a Argentina entre 7 e 11 de dezembro.
Na real, o relatório da PF deixa claro que Bolsonaro possuía um documento que facilitaria sua fuga para a Argentina, principalmente após o início da investigação da PF. As evidências são fortes! A investigação também atingiu o pastor Silas Malafaia, que teve seu passaporte retido e seu celular apreendido após busca e apreensão. Malafaia, que havia viajado para Lisboa, retornou ao Brasil e prestou depoimento à PF no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Vale lembrar que o inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após a denúncia de atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA para buscar sanções contra ministros do STF. Jair Bolsonaro, que já cumpre prisão domiciliar por descumprimento de ordens judiciais, também é alvo da investigação. Em início de julho, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a apuração por mais 60 dias para novas diligências.
Fonte da Matéria: g1.globo.com