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EUA prometem resposta enérgica a Maduro; Venezuela mobiliza milícias

A tensão entre os EUA e a Venezuela escalou nesta terça-feira (19/08). A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, soltou o verbo: o governo Trump usará “todo o poder americano” contra o regime de Nicolás Maduro. A declaração, vejam só, veio no contexto de uma movimentação naval significativa perto da costa venezuelana.

Na segunda (18/08), a Reuters noticiou – com base em fontes – que três navios de guerra americanos, os USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, estavam a caminho da Venezuela para combater o narcotráfico. A reportagem falava em cerca de 4 mil militares – entre marinheiros e fuzileiros navais – além de aviões espiões P-8 e, pasmem, até um submarino de ataque! Segundo a fonte, a operação duraria meses.

Quando questionada sobre essa força-tarefa naval, Leavitt ignorou o assunto, focando na posição intransigente do governo americano sobre Maduro. “O regime de Maduro não é legítimo; é um cartel narcoterrorista. Maduro não é presidente, é um chefe de cartel foragido, indiciado nos EUA por tráfico de drogas”, disparou a porta-voz. Isso depois que os EUA aumentaram, no início do mês, a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões). A acusação? Maduro seria “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.

Em resposta ao que chamou de “ameaça bizarra” dos EUA, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados. A CBS, parceira da BBC nos EUA, trouxe a notícia. Criadas por Hugo Chávez, essas milícias civis, treinadas e armadas pelo regime, são vistas como um braço armado do governo. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, reforçou a postura: “Estamos mobilizados em todo o Caribe… em nosso mar, em nossa propriedade, em território venezuelano”. Uma demonstração clara de força.

A rivalidade entre Trump e Maduro é antiga. Maduro assumiu a presidência em janeiro, após eleições marcadas por denúncias de fraude e repressão à oposição. Apesar da animosidade, vale lembrar que houve uma recente troca de prisioneiros entre os dois países em julho, um sinal de uma possível, ainda que pragmática, aproximação. Mas, pelo jeito, essa trégua tá longe de acabar. A situação, na real, é explosiva.

Fonte da Matéria: g1.globo.com