Olha só! Nesta segunda-feira (18), por volta das 11h30, o dólar subiu 0,24%, chegando a R$ 5,4113. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, deu um salto de 0,56%, atingindo 137.126 pontos. Uau!
A expectativa no mercado interno tá toda voltada para a resposta do governo brasileiro à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, a pedido de Donald Trump. Em julho, o representante comercial americano anunciou a investigação, uma iniciativa de Trump que misturou argumentos comerciais e políticos pra justificar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Isso é incrível, né? As justificativas foram das mais variadas: desmatamento, o uso do Pix e até mesmo o comércio popular da Rua 25 de Março!
Mas não para por aí! Os investidores também estão de olho no encontro entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, junto com aliados europeus, marcado pra essa segunda-feira. A aposta é que Trump apresente a proposta que discutiu com Vladimir Putin na sexta-feira (15). Segundo a imprensa internacional, a ideia russa envolve congelar as linhas de frente em troca do reconhecimento internacional da anexação da Crimeia e de áreas ocupadas no Donbas e em Zaporizhzhia. Hum… complicado.
No campo dos indicadores, o Banco Central divulgou o Boletim Focus, com as previsões dos economistas para inflação, PIB, Selic e câmbio. E sabe o que aconteceu? Pela primeira vez desde janeiro, o mercado reduziu a estimativa de inflação para 2025, ficando abaixo de 5%! O IBC-Br, que funciona como um termômetro do PIB, mostrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre. Uma desaceleração se comparado ao primeiro trimestre, que registrou alta de 1,5%.
Nos próximos dias, teremos mais informações importantes: a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), os PMIs internacionais e o Simpósio de Jackson Hole, que reúne os principais banqueiros centrais e economistas do mundo para discutir o futuro dos juros e da economia global.
**Entendendo a dança do dólar:**
* **Acumulado da semana:** -0,69%
* **Acumulado do mês:** -3,62%
* **Acumulado do ano:** -12,64%
**E o Ibovespa?**
* **Acumulado da semana:** +0,31%
* **Acumulado do mês:** +2,46%
* **Acumulado do ano:** +13,35%
**Brasil responde aos EUA:**
O governo brasileiro deve enviar hoje um documento em resposta à investigação americana. O Itamaraty está trabalhando numa resposta técnica, elaborada por diplomatas experientes, que vai abordar as questões levantadas, como as medidas de combate ao desmatamento e a argumentação de que o Pix não prejudica empresas americanas.
**Trump e Zelensky: um encontro tenso:**
Donald Trump recebe em Washington o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acompanhado de sete líderes europeus. A reunião acontece dois dias após o encontro de Trump com Putin no Alasca, onde Trump declarou ter visto “grande progresso” para o fim da guerra. Essa reunião é um teste crucial: até onde Trump vai pressionar Zelensky e se a Ucrânia vai aceitar discutir pontos antes considerados inegociáveis? Para Trump, é uma chance de transformar uma promessa de campanha em triunfo diplomático. Já para Zelensky, o risco é voltar para casa com menos apoio político e militar, caso ceda em pontos importantes.
**Boletim Focus e IBC-Br:**
O Boletim Focus mostrou que a estimativa de inflação para 2025 caiu de 5,05% para 4,95%, ainda acima da meta de 4,5%. Analistas acreditam que a tarifa imposta por Trump a produtos brasileiros contribuiu para essa redução, impactando a atividade econômica e a inflação. A projeção para o crescimento do PIB em 2025 permaneceu em 2,21%, a Selic em 15% ao ano, o dólar em R$ 5,60, o superávit da balança comercial em US$ 65 bilhões e o investimento estrangeiro direto em US$ 70 bilhões.
O IBC-Br, por sua vez, registrou crescimento de 0,3% no segundo trimestre, mostrando uma forte desaceleração em comparação aos 1,5% do primeiro trimestre.
**Bolsas globais:**
Na Europa, as bolsas oscilam antes da reunião entre Zelensky e Trump. O STOXX 600 recuava 0,2%, o DAX alemão 0,3% e o FTSE britânico 0,1%. Na Ásia, a China fechou em alta, com o índice de Xangai atingindo seu maior nível desde 2015, impulsionado pelo alívio das tensões comerciais e pela liquidez. O índice de Xangai subiu 0,85%, o CSI300 0,88% e o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,37%.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte da Matéria: g1.globo.com