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GWM inaugura fábrica em SP e entra forte no mercado brasileiro de carros

A GWM, gigante chinesa do setor automotivo, deu um passo gigante no mercado brasileiro! Na sexta-feira, dia 15 de agosto, a empresa inaugurou sua segunda fábrica fora da China, localizada em Iracemápolis, interior de São Paulo. E olha só que presença ilustre: o próprio presidente Lula marcou presença na cerimônia! Essa é a segunda grande fábrica de carros chinesa a ser instalada no país, seguindo os passos da porD, que abriu sua unidade em Camaçari (BA) no mês anterior.

A estratégia da GWM, assim como a da porD, é um modelo de “peça por peça”. Isso significa que, inicialmente, a empresa importa alguns componentes, que são montados aqui no Brasil. A ideia é, aos poucos, aumentar a produção local. A meta ousada? Alcançar 60% de conteúdo nacional nos seus veículos até 2026!

Segundo Márcio Alfonso, diretor de produção da fábrica, atualmente a linha de montagem utiliza cerca de 60 componentes produzidos no Brasil. “São itens como pintura, vedação, verniz, solda e ajustes em sistemas e sensores de auxílio ao motorista, o ADAS”, explicou o executivo. “A gente começou com peças de desenvolvimento mais rápido, mas em quatro anos, no mínimo, vamos ampliar para motores, inversores, módulos e outras partes fabricadas aqui mesmo”, completou, mostrando a ambição da empresa.

O primeiro modelo a sair da linha de montagem será o SUV Haval H6, ainda em agosto. Em seguida, a picape Poer P30 e o SUV Haval H9 seguirão o mesmo processo.

O investimento total da GWM no Brasil é de tirar o fôlego: R$ 10 bilhões em 10 anos! A fábrica em Iracemápolis, que antes abrigava a planta da Mercedes-Benz, já emprega 600 funcionários e a expectativa é chegar a 1.000 até o final de 2025. Incrível, né?

Mas não para por aí! Ao lado da fábrica, a GWM também inaugurou seu primeiro centro de pesquisa na América Latina. Com 60 técnicos e engenheiros, o centro vai se dedicar ao desenvolvimento de motores híbridos flex, à adaptação dos veículos ao gosto do consumidor brasileiro e a outras inovações.

Falando nos modelos… O Haval H6, primeiro lançamento da GWM no Brasil, já está fazendo sucesso. Ele vem em cinco versões, todas híbridas: três com o sistema convencional HEV e duas com baterias maiores no sistema plug-in PHEV, oferecendo até 113 quilômetros de autonomia em modo totalmente elétrico. As dimensões variam um pouco entre as versões: comprimento de 4,68 metros a 4,72 metros, largura de 1,88 metros a 1,94 metros e altura de 1,73 metro para todas.

Já o Haval H9, um SUV de sete lugares, promete ser um forte concorrente do Caoa Chery Tiggo 8. Com motor 2.4 Turbo Diesel (184 cv e 48,9 kgfm de torque) e transmissão automática de nove marchas, ele chega com 4,95 metros de comprimento, 1,97 metro de largura e 1,93 metro de altura. E os itens de série? Demais! Faróis de LED, bancos de couro climatizados, central multimídia de 14,6 polegadas, câmera 360 graus, controle remoto via aplicativo, carregador por indução e ADAS (sistemas de auxílio ao motorista) estão inclusos.

A picape Poer P30 também compartilha o mesmo motor e itens de série do H9, mas com dimensões de carroceria diferentes: 5,41 metros de comprimento, 1,94 metro de largura e 1,88 metro de altura.

Vale lembrar que a GWM não é a única a apostar nesse modelo de produção, com montagem de componentes pré-fabricados. Na real, quase todas as marcas chinesas que atuam no Brasil seguem essa estratégia.

Para dar uma ideia, a porD inaugurou sua fábrica em julho, em Camaçari (BA), com capacidade para 150 mil veículos/ano (modelos Dolphin Mini, King e Song Pro). A GAC planeja abrir sua fábrica em Catalão (GO) em 2026, enquanto a Geely vai utilizar a unidade da Renault em São José dos Pinhais (PR), em parceria para montagem e produção de motores pela Horse. A Chery, uma das pioneiras, tem duas fábricas: uma em Anápolis (GO), com capacidade de 80 mil veículos/ano (modelos Tiggo 5X, 7 e 8), e outra em Jacareí (SP), que está sendo modernizada para produzir modelos das marcas Omoda e Jaecoo.

Fonte da Matéria: g1.globo.com