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Ironia da Guerra Fria: Trump e Putin se encontram em base americana crucial contra a URSS

Olha só que situação inusitada! Na próxima sexta, dia 15, o presidente americano Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin vão se encontrar numa base militar no Alasca. A ironia? Essa base foi, durante a Guerra Fria, *fundamental* para os EUA monitorarem – e conterem – a União Soviética. E, acredite, ainda desempenha um papel importante hoje em dia!

A Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, resultou da união, em 2010, da Base Aérea de Elmendorf e do Forte Richardson. Durante a Guerra Fria, essas instalações eram essenciais para vigiar a URSS, impedindo possíveis ações militares soviéticas. Na real, o lema da base naquela época era “Cobertura Aérea para a América do Norte”, segundo o próprio site da base. Impressionante, né?

A base abrigou um arsenal de aeronaves e sistemas de radar super avançados, com o objetivo principal de detectar atividades militares soviéticas, inclusive possíveis lançamentos nucleares. Embora boa parte desse equipamento tenha sido desativado, a base continua estratégica. Adivinha só? Ela ainda abriga esquadrões importantes, incluindo os caças furtivos F-22 Raptor! E, claro, continua interceptando aeronaves russas que se aproximam do espaço aéreo americano.

Segundo Benjamin Jensen, pesquisador sênior de defesa e segurança do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (um think tank em Washington), o local escolhido para a reunião é perfeito. Por quê? Evita protestos e garante altíssimo nível de segurança. “Para Trump, é uma ótima maneira de exibir a força militar americana, ao mesmo tempo em que impede qualquer interferência do público no que ele espera ser um diálogo produtivo”, explicou Jensen. Ele acrescentou que o local permite a Trump fortalecer os laços com Putin, enquanto demonstra poder militar para obter vantagem nas negociações e, quem sabe, garantir um segundo encontro.

A escolha desse local, que historicamente serviu para conter ameaças russas, é, no mínimo, curiosa. Afinal, Trump busca um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, guerra que ele prometeu resolver rapidamente durante a campanha de 2024. A preocupação? Autoridades ucranianas e europeias temem que a reunião a portas fechadas, sem a participação delas, possa resultar em um acordo favorável aos interesses russos.

O presidente francês Emmanuel Macron, após uma reunião virtual com Trump, Zelensky e outros líderes europeus, afirmou que Trump foi “muito claro” ao dizer que os EUA querem um cessar-fogo na cúpula. Trump já declarou que qualquer acordo importante pode envolver trocas de território e que, posteriormente, poderia haver um encontro entre Zelensky e Putin, ou mesmo uma nova reunião com os dois líderes. “Há uma boa chance de termos um segundo encontro, mais produtivo que o primeiro, pois no primeiro vou entender a situação”, disse Trump a repórteres na quarta-feira (13). “Será uma reunião muito importante, preparando o terreno para o segundo encontro.” Uau! A expectativa está alta.

Fonte da Matéria: g1.globo.com