Gente, “Juntos” não é só mais um filme de terror, tá? É MUITO mais! Na real, é um filmaço. A ideia inicial pode parecer simples, mas a execução do diretor e roteirista estreante é brilhante. E olha só que interessante: o casal protagonista, Alison Brie e Dave Franco (casados na vida real!), entrega uma performance incrível, espelhando com maestria a dinâmica do próprio casamento deles na tela. Pra mim, tá entre os melhores filmes de terror dos últimos anos, sem dúvida.
Estreando dia 14 de outubro nos cinemas brasileiros, “Juntos” quebra um paradigma. Sabe aqueles filmes de terror corporal que apelam para o gore, sangue pra todo lado, vísceras e melecas? Esquece! “Juntos” é diferente. Ao contrário de “A Substância” (2024), que apostou no grotesco, esse filme prefere a sutileza. A tensão é construída de forma magistral, principalmente no que *não* é mostrado. É tenso, gente!
O final? Lindo e impecável! Uma raridade em filmes de terror, viu? A gente até consegue prever pra onde a história vai, mas curtir a jornada é tão bom quanto chegar ao destino. Tipo assim, a viagem vale tanto quanto a chegada.
A trama gira em torno de Alison Brie (“Community”) e Dave Franco (“Truque de Mestre”), um casal em crise. Após se mudarem para o interior, eventos aparentemente sobrenaturais começam a acontecer, desafiando a relação deles – a proximidade, a intimidade, a codependência… tudo entra em jogo. A ideia do casal se fundindo fisicamente, num processo lento e angustiante, não é lá a coisa mais original do mundo – inclusive, o filme tá envolvido numa polêmica por plágio de um conceito similar lançado em 2023. Mas, sabe o que salva? A humanidade que o diretor Michael Shanks imprime à história, principalmente no personagem de Franco, um músico frustrado na meia-idade que ainda sonha com o estrelato.
Franco, aliás, surpreende! Mostra um alcance dramático que a gente não conhecia. Ele quebra totalmente o estereótipo do “mocinho descolado” que o consagrou. Junto com o diretor e com Brie, o irmão de James Franco (sim, *aquele* James Franco) formam um trio imbatível, elevando o filme a um nível acima do gênero.
E falando em terror… “Juntos” é de arrepiar! Shanks consegue contornar o aspecto mais esquemático da trama, principalmente uma subtrama sobre os pais do protagonista, criando tensão sem apelar para sustos baratos com barulhos ensurdecedores. A premissa por si só já causa o desconforto necessário para um bom filme de terror corporal (ou *body horror*, no original). Mas a genialidade de Shanks está em como ele dosa a progressão do fenômeno. Não precisa mostrar tudo, né? Ele mostra a lâmina entrando e deixa o resto para a nossa imaginação… Isso é incrível!
Em resumo: assistam! “Juntos” é uma experiência cinematográfica que vai te deixar grudado na cadeira, com a pele arrepiada e o coração na mão. Vale cada segundo.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
