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Razr 60 Ultra: g1 testa o celular dobrável da Motorola e compara com outros três modelos

Celulares dobráveis em 2025: mais opções, mas prepare o bolso! O mercado tá bombando com esses aparelhos, mas o preço não tá nada camarada. Um dos lançamentos mais recentes é o Motorola Razr 60 Ultra, que, olha só, no começo de agosto, tava custando em torno de R$ 10 mil nas lojas online. O Guia de Compras do g1 botou a mão na massa e testou esse modelo, comparando-o com outros três tops de linha: um da Honor (R$ 20 mil), um da Huawei (até R$ 39 mil!) e um da Samsung (R$ 14,6 mil). A Huawei, inclusive, teve uma variação de preço bem louca. Em junho, o preço era de R$ 33 mil, e se manteve assim até o final de julho, quando a gente gravou o vídeo. Mas, no começo de agosto, o valor subiu para a faixa dos R$ 35 mil a R$ 39 mil nos sites que pesquisamos. Uau!

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Essa diferença toda de preço se justifica? Sim, pela tecnologia de ponta empregada: câmeras super avançadas, design fininho e telas que dobram até duas vezes. Mas, na real, dos quatro, só dois valem a pena o investimento: o da Motorola e o da Samsung. O da Honor já tá meio ultrapassado, e o da Huawei… bom, a gente explica mais pra frente.

**Design**

Celular dobrável: fácil de usar? Depende! Os dobráveis de 2025 têm formatos diferentes. O Honor Magic V3 e o Samsung Galaxy Z Fold7 seguem o padrão “livro”: tela externa grande que se abre, revelando um display maior. Tipo assim, um celular que vira um tablet quadrado de 8 polegadas – um iPad, pra comparar, tem 11 polegadas.

* **Honor Magic V3:** Tem só uma opção de cor externa (verde) e o material parece plástico, mas a Honor garante que é “fibra aeroespacial”. O Samsung, por outro lado, vem em preto, prata, azul e verde, com acabamento em alumínio. A diferença no visual é gritante.

* **Samsung Galaxy Z Fold7:** Fechado, o Huawei Mate XT Ultimate Design é parecido com os modelos da Honor e Samsung. A tela principal abre como um livro, virando um tablet de 7,9 polegadas (igual ao Honor e Huawei abertos). Mas tem uma sacada: outro display embaixo que abre pra fora, formando um “Z” e criando um tablet de 10,2 polegadas – quase um iPad de 11″. Ele vem em couro vermelho ou preto, com detalhes dourados. Chique, né?

* **Huawei Mate XT Ultimate Design:** Já o Motorola Razr 60 Ultra é o menor e tem formato flip, tipo aqueles celulares antigos. Uma tela externa pra usar apps e câmera rapidinho e, aberto, tem o tamanho de um celular normal. As opções de acabamento são bem variadas: a gente testou a versão verde com camurça Alcantara, mas tem também em madeira e couro vegano vermelho. E, olha só, uma edição especial branca com cristais Swarovski chega em agosto! Preço? Segredo.

* **Motorola Razr 60 Ultra:** Impressiona a finura desses aparelhos abertos (desconsiderando a “saliência” da câmera, claro). Quase não tem espaço pro USB-C! A espessura é menor que a de um lápis, exceto o Motorola, que é mais grossinho por causa do formato flip.

**Facilidade de uso:** O Razr 60 Ultra, pelo tamanho compacto, abre com uma mão só. Os outros? Duas mãos e um pouco de força. As fabricantes garantem que as dobradiças são super resistentes, mas, depois da tela, são o ponto mais frágil. A gente pensa: e agora? O que fazer com um desses “tijolos”?

Tirando o Razr 60 Ultra, que é mais parecido com um celular normal, os outros têm suas peculiaridades. Atender uma ligação, por exemplo: se estiverem fechados, tudo bem. Mas, abertos, é só viva-voz ou fone de ouvido. A vantagem? A tela gigante é ótima pra multitarefas, dispensando o notebook. Navegar na internet em uma metade da tela e usar o WhatsApp na outra? Fácil! Ou assistir a vídeos e jogar, já que são tablets em miniatura.

**Desempenho e bateria:** Os quatro são top de linha: processadores Qualcomm Snapdragon 8 (Samsung e Motorola), ou penúltima geração (Honor). O Huawei usa um processador próprio (Kirin 9010). Todos têm 12 GB ou 16 GB de RAM e armazenamento generoso (1 TB no Motorola e no mínimo 512 GB nos outros). Nos testes, Samsung e Motorola foram os mais rápidos, seguidos pelo Honor, que superou o Huawei. Em vídeos, a mesma coisa. A bateria? 14h30 no Motorola, 13h30 no Honor e 13h20 no Samsung. O Huawei não fez o teste completo.

O sistema operacional também influencia. O Galaxy Z Fold7 veio com Android 16, o mais recente. O Razr 60 Ultra roda Android 15, o Honor Magic V3, Android 14. E o Huawei? Aí que tá o pulo do gato. Por causa do banimento de tecnologias americanas imposto pelo governo Trump em 2019, a Huawei não pode usar os serviços do Google. A solução? Uma versão de código aberto do Android, com a interface EMUI 14, sem os apps do Google.

A Huawei oferece apps próprios (mapas, navegador, loja de apps), mas dá pra usar os serviços do Google com os apps MicroG e GBox, da comunidade de código aberto. Eles funcionam como emuladores, permitindo usar Gmail, Google Maps e Play Store. Mas… tem um porém. O GBox, por exemplo, se “finge” ser um Xiaomi Redmi K20 Pro com Android 12 pra burlar restrições. Como esse Android não recebe atualizações de segurança regulares, pode haver riscos à segurança dos dados. A Huawei afirma que não tem ligação com o desenvolvimento do GBox ou MicroG, mas garante que os apps passaram por validação técnica.

Ah, detalhe importante: por causa das sanções dos EUA, o Huawei (R$ 35 mil!) só funciona em 4G no Brasil. Os outros têm 5G.

**Câmeras:** O Razr 60 Ultra tem menos câmeras (três: duas externas e uma interna). O Mate XT tem quatro, o Magic V3 e o Galaxy Z Fold7, cinco. As lentes principais são parecidas com as de celulares premium, como Galaxy S25 Ultra e iPhone 16 Pro (grande angular, principal e zoom óptico), exceto a do Motorola (grande angular e principal). A resolução varia entre 10 e 50 megapixels, com exceção do Galaxy Z Fold7, que tem 200 megapixels na principal (igual ao Galaxy S25 Ultra). As fotos são excelentes, nítidas, com bom contraste e pouca variação de cores. Fotos noturnas? Também ótimas! A gente até tentou fotografar a Lua (em fase crescente), mas não ficou muito boa em nenhum deles. Todos têm modo macro.

**Conclusão:** Dos quatro, só o Samsung e o Motorola valem o investimento. São mais acessíveis, têm designs elegantes, tiram ótimas fotos e a bateria dura o dia todo. O Honor é bom, mas caro por ser importado e já está ultrapassado. O Huawei é uma obra de arte, o único com duas dobras, mas a questão do GBox e a falta de 5G pesam muito.

**Como foram feitos os testes:** Os aparelhos foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos. Usamos os aplicativos PC Mark e 3D Mark (UL Laboratories) e GeekBench 6 (Primate Labs) para os testes de desempenho, que simulam tarefas do dia a dia. Para os testes de bateria, as telas foram calibradas para 70% de brilho e a taxa de atualização padrão (60 Hz). A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou até a carga atingir 20%.

*Esta reportagem foi produzida com total independência editorial. A Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais caso o leitor adquira algum produto por meio dos links disponibilizados. A Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade sobre a experiência de compra.*

Fonte da Matéria: g1.globo.com