Em entrevista emocionante à jornalista Poliana Abritta, do Fantástico, Gilberto Gil relembrou a dor profunda da perda de seus dois filhos, Pedro e Preta Gil. A conversa, que abordou o luto pela recente morte de Preta, vítima de um câncer, também revisitou a tragédia que vitimou Pedro em 1990, aos 19 anos, num acidente de carro.
Gilberto, com a voz carregada de emoção, comparou os dois momentos de luto. “Já perdi um filho antes, numa situação muito trágica. Na época, quase reclamei, sabe? A gente espera que os filhos nos enterrem, não o contrário! É, no mínimo, estranho ter que enterrar os seus próprios filhos”, desabafou o artista. A morte de Pedro, baterista da banda Egotrip que seguia os passos do pai na música, foi um choque brutal para a família. O jovem músico voltava de São Paulo para o Rio de Janeiro quando sofreu um acidente na Lagoa Rodrigo de Freitas, seu carro capotando.
“Às vezes a gente imagina os filhos nos enterrando, né? Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Às vezes, somos nós que temos que enterrar nossos filhos”, refletiu Gil, com os olhos marejados.
Sobre a perda de Preta, que lutou bravamente contra um câncer por quase três anos, Gil explicou que a experiência, apesar da dor imensa, foi diferente. O tempo de tratamento, embora doloroso, permitiu uma espécie de preparação para a despedida. “Com a Preta, tivemos um tempo, uma chance de nos acostumarmos com a ideia, aos poucos”, disse ele, admitindo que o diagnóstico inicial já havia sido um golpe devastador, com “poucas expectativas de cura”.
Mesmo com as diferentes circunstâncias, o ex-ministro da Cultura se disse “naturalmente triste” e em processo de adaptação à ausência das filhas. “Estou me acostumando com a falta”, confessou, com a voz embargada.
A reportagem completa pode ser vista no vídeo abaixo. [Inserir link para o vídeo aqui]
**Observação:** As informações sobre os podcasts do Fantástico foram omitidas, pois não são relevantes para o núcleo da notícia sobre o depoimento de Gilberto Gil.
Fonte da Matéria: g1.globo.com