Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

TikTok Shop completa três meses no Brasil: sucesso de vendas gera polêmica

Três meses após o lançamento no Brasil, o TikTok Shop, a plataforma de compras integrada à rede social, tá gerando um burburinho danado! Enquanto alguns comemoram a facilidade e os preços, outros reclamam da enxurrada de propagandas, afogando o conteúdo original que tanto apreciavam.

A ideia é simples: comprar sem sair do app. Garrafinhas, lixeiras inteligentes, luzes de LED… tá tudo lá! Clicou no carrinho laranja, inseriu os dados e pronto! A compra tá feita. Além dos vídeos, as lives e as vitrines dos criadores de conteúdo também impulsionam as vendas. E, sabe o que é melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista)? Os influenciadores ganham comissão em cada venda. Isso, claro, resultou num boom de perfis dedicados exclusivamente à promoção de produtos.

Aí que tá o problema! Muitos usuários estão reclamando da avalanche de vídeos comerciais, dizendo que o conteúdo orgânico – aqueles vídeos genuínos, de gente que realmente curte o produto – tá sumindo. “Amava ver vídeos de comprinhas, mas agora só vejo vendas! Saudade de quando as redes sociais eram pra socializar, e não uma 25 de março gigante”, desabafou uma usuária no X, referindo-se à famosa rua comercial de São Paulo. Outros são mais diretos: “O TikTok tá parecendo um camelô!”, “Todo vídeo é uma propaganda disfarçada!”

Mas nem tudo são flores murchas! Tem gente que adora o TikTok Shop, elogiando os preços e a agilidade na entrega. “Estou viciada!”, declarou uma usuária.

A rede social, por sua vez, mantém segredo sobre os números do TikTok Shop no Brasil. Mas eles revelaram que, na Black Friday de 2024 – antes mesmo do lançamento por aqui –, a plataforma movimentou US$ 100 milhões (cerca de R$ 540 milhões). Impressionante, né?

Davi Carneiro, professor de Ciência da Computação no Centro Universitário de João Pessoa, acredita que o TikTok Shop simplifica as compras, já que a plataforma já possui muitos dados dos usuários. Porém, ele também aponta um lado negativo: o risco de afastar quem busca apenas diversão. “Faz sentido o investimento do TikTok, mas precisa analisar se essa é a melhor estratégia para o usuário. Hoje, existem perfis só pra vendas. No mesmo app, você encontra vídeos de entretenimento e marketing. Isso é um problema, porque o usuário não sabe mais o que esperar.”

Julia Affonseca, diretora de Negócios e Operações da Wake Creators, vê a chegada do TikTok Shop como algo positivo, uma nova forma de monetização para os criadores. Mas ela destaca a necessidade de adaptação: “Tem influenciadores que trabalhavam com publi, permuta, afiliados. Um formato novo exige um tempo de ajuste. Não dá pra fazer infomercial, porque os seguidores não vão achar autêntico. E sem autenticidade, as vendas caem.”

Enfim, o TikTok Shop chegou com tudo, gerando uma discussão acalorada sobre o equilíbrio entre comércio e entretenimento nas redes sociais. Será que a plataforma encontrará o ponto de equilíbrio? Só o tempo dirá.

Fonte da Matéria: g1.globo.com