Um incêndio de proporções gigantescas, o maior do verão francês até agora, deixou um saldo trágico: uma pessoa morta e nove feridas. A tragédia aconteceu no sul do país, na região de Aude, nesta quarta-feira (6 de agosto de 2025), e devastou milhares de hectares de vegetação. Olha só a dimensão do desastre: o fogo se alastrou por 15 municípios, consumindo cerca de 15.000 hectares de área florestal! Imagina só!
Tudo começou na terça-feira, e desde então as chamas não param de se espalhar. Em Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, uma idosa perdeu a vida em sua própria casa. Que tristeza, né? Além dela, outras duas pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente, com queimaduras. E não para por aí: sete bombeiros também sofreram ferimentos, principalmente por inalação de fumaça. Até o fechamento desta reportagem, uma pessoa ainda estava desaparecida. Meu Deus!
A força-tarefa foi imediata. Cerca de 1.200 bombeiros foram mobilizados para combater o incêndio, mas a situação continua crítica. Segundo Lucie Roesch, secretária-geral da prefeitura de Aude, a combinação de seca, calor intenso e ventos fortes torna o combate às chamas extremamente difícil. “O incêndio segue muito ativo, e a situação é desfavorável”, afirmou ela à AFP.
As imagens são de tirar o fôlego: carros carbonizados, casas destruídas, uma paisagem devastada. A autoestrada A9, que liga a França à Espanha, ficou fechada entre Narbona e Perpignan, assim como várias rodovias secundárias. Dois campings e ao menos um povoado foram parcialmente evacuados. O prejuízo é enorme: 25 casas e 35 carros foram danificados, e 2.500 residências ficaram sem energia elétrica.
David Cerdan, morador de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, viveu momentos de terror. Sua casa fica a apenas cem metros da residência da vítima fatal. Ele viu tudo de perto: “Só tenho danos materiais”, disse à AFP, referindo-se ao jardim queimado. A cena é desoladora: vinhedos verdes contrastam com a paisagem cinzenta, marcada pelas chamas.
Jacques Lavergne, de 68 anos, resgatou sua sogra de 90 anos de Tournissan no último minuto. “Nunca senti tanto medo”, confessou, descrevendo o calor intenso e a velocidade com que o fogo se aproximava. Em Port-la-Nouvelle, a 30 quilômetros do foco do incêndio, o ar estava irrespirável, segundo Serge de Souza, com um forte cheiro de queimado que impregnou as casas.
Este incêndio é o maior registrado na França neste verão, que já registrou cerca de 9.000 focos de incêndio, principalmente na região mediterrânea. O presidente Emmanuel Macron declarou que “todos os recursos do país foram mobilizados” e pediu “máxima precaução” à população.
A justiça abriu inquérito para apurar as causas do incêndio, que começou na tarde de terça-feira na região de Ribaute. Mas, segundo Roesch, ainda não há pistas concretas. A situação foi agravada pela falta de chuvas, o aumento das áreas queimadas nos últimos anos em Aude e a redução de vinhedos, que antes ajudavam a conter o avanço das chamas.
Aude Damesin, moradora de Fabrezan, expressou sua tristeza com a frequência dos incêndios: “Acho trágico ver tantos incêndios desde o começo do verão. É terrível para a fauna, a flora e para as pessoas que estão perdendo tudo”. É realmente uma situação desesperadora.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
