Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, cravou na terça-feira (5): a vitória sobre o Hamas em Gaza precisa ser completa para resgatar os reféns israelenses. A declaração veio no mesmo dia em que a TV i12 divulgou que Netanyahu decidiu assumir o controle total da Faixa de Gaza – nossa! Isso mesmo, o cara pretende dominar o território palestino por inteiro.
“A gente precisa finalizar a derrota do inimigo em Gaza, libertar todos os nossos reféns e garantir que Gaza não seja mais uma ameaça a Israel. Não vamos recuar em nada disso. Vamos cumprir essas missões juntos, com o grande sacrifício dos nossos soldados, homens e mulheres”, declarou Netanyahu durante uma visita a um centro de treinamento militar.
Na mesma linha, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que é preciso “tomar todas as medidas necessárias” para derrotar o Hamas. Katz disse ainda que vai apresentar um plano ao premiê para alcançar esse objetivo.
Segundo reportagem da i12, baseada em fontes do governo, Netanyahu pretende expandir a ofensiva em Gaza até controlar todo o território. Ele se reuniria com o gabinete na terça para comunicar a decisão. Até o fechamento desta reportagem, o governo não confirmou oficialmente esse plano. Mas Netanyahu confirmou a reunião e disse que vai dar novas ordens ao Exército para atingir os objetivos da guerra.
“Temos que continuar unidos e lutar juntos para alcançar nossos objetivos: derrotar o inimigo, libertar nossos reféns e garantir que Gaza não represente mais uma ameaça a Israel”, reforçou o premiê.
Essa escalada da ofensiva contra o Hamas, que já conta com uma forte operação terrestre desde outubro de 2023 e só vem aumentando, acontece depois da divulgação de vídeos chocantes de reféns israelenses em estado crítico, magros demais, quase esqueléticos. Os vídeos deixaram o governo israelense furioso. Um dos reféns disse estar “à beira da morte”, e outro apareceu cavando a própria cova. Imagina só…
A decisão de tomar Gaza, segundo fontes da reportagem, veio após o fracasso das negociações para um cessar-fogo que garantisse a libertação dos reféns. O plano inclui a entrada das Forças Armadas israelenses em áreas onde a inteligência identificou os locais de cativeiro, dentro da Faixa de Gaza.
A ideia de controlar Gaza – território palestino definido pela ONU em 1948, com a criação do Estado de Israel – não é nova. Em maio, ao liberar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Netanyahu já havia insinuado que controlar o território fazia parte de seu “plano de vitória”.
Antes disso, numa visita à Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a anunciar planos para que os EUA controlassem Gaza, deslocando os moradores para países vizinhos e construindo resorts de luxo no local. Uau! Que proposta…
Fonte da Matéria: g1.globo.com
