Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

** Tarifaço de Trump: BC prevê impactos relevantes e mantém cautela com juros em 15%

** O Banco Central (BC) do Brasil reconhece que as novas tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil, causam impactos relevantes em vários setores. A incerteza, no entanto, tá grande, sabe? Depende muito do rumo das negociações e da percepção de risco geral. Essa análise tá na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada. Na ocasião, a taxa Selic – a taxa básica de juros – permaneceu em 15% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.

Olha só, o BC acompanha de perto os reflexos na economia e nos mercados financeiros. A maioria dos membros do Copom acredita que a situação externa ficou mais incerta. Por isso, a decisão foi manter uma postura bem cautelosa.

O decreto de Trump, assinado em [inserir data], elevou a tarifa para 50% sobre produtos brasileiros. Mas, ufa, teve uma lista com 700 exceções! Setores importantes, como o aeronáutico, o de energia e parte do agronegócio, escaparam dessa. A medida entrou em vigor em 6 de [inserir mês].

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), cerca de 10 mil empresas exportadoras brasileiras podem ser afetadas. Isso representa, aproximadamente, 3,2 milhões de empregos no país. Me parece que a situação é bem delicada.

Os setores atingidos estão avaliando os prejuízos e buscando soluções junto ao governo federal. A gente vê muita gente se mexendo para minimizar os danos.

O BC afirma que vai continuar de olho nos “mecanismos de transmissão” dos eventos internacionais na inflação interna e no cenário futuro. Analistas temem que essa tensão comercial possa fortalecer o dólar, criando pressão inflacionária. Ainda não há confirmação disso, mas é uma preocupação real.

**Inflação e desaceleração econômica:** Na ata, o BC descreve o cenário futuro da inflação como “desafiador”. As expectativas de inflação, de acordo com diferentes indicadores, permanecem acima da meta em todos os horizontes, mantendo um cenário adverso.

Ao mesmo tempo, o BC percebe uma certa moderação no crescimento econômico, com dados mistos entre setores e indicadores. Essa desaceleração, necessária para controlar a inflação, é compatível com a política monetária contracionista (juros altos). Pesquisas setoriais e dados de consumo mostram uma redução gradual do crescimento.

É importante destacar que o BC já havia afirmado que uma desaceleração econômica faz parte da estratégia para controlar a inflação. Apesar disso, o chamado “hiato do produto” continua positivo, indicando que a economia opera acima do seu potencial sem pressionar muito a inflação, pelo menos por enquanto.

**Juros altos por mais tempo:** O Copom afirma que vai continuar monitorando a atividade econômica, crucial para determinar a inflação. Mas o cenário atual indica que os juros altos devem permanecer por um longo período para garantir que a inflação chegue à meta.

Para decidir sobre os juros, o BC usa o sistema de metas. Se as projeções estiverem alinhadas com as metas, os juros podem cair. Caso contrário, a tendência é manter ou aumentar a Selic.

Desde o início de 2025, com o sistema de meta contínua, o objetivo de 3% de inflação é considerado atingido se a inflação flutuar entre 1,5% e 4,5%. Como a inflação ficou seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve que explicar a situação em uma carta pública.

O BC olha para o futuro, para as projeções de inflação, e não para a variação atual dos preços, pois as mudanças na Selic demoram de seis a 18 meses para surtir efeito total na economia. Atualmente, o foco está no segundo semestre de 2026.

As projeções de mercado para a inflação oficial são de 5,07% (acima da meta) em 2025, 4,43% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028 – todas acima da meta central de 3% do BC.

O BC afirma que continuará vigilante e que poderá ajustar os próximos passos da política de juros, sem hesitar em aumentar os juros novamente se necessário.

**Outros pontos importantes:** O mercado de crédito mostra uma moderação mais acentuada, com recuo nas concessões de crédito livre, aumento nas taxas de juros e inadimplência, e maior comprometimento da renda familiar com dívidas. Já o mercado de trabalho continua dinâmico, com ganhos reais acima da produtividade e redução do desemprego para níveis historicamente baixos, sustentando consumo e renda.

O BC lembra que a política fiscal (gastos do governo) tem impacto de curto prazo na inflação, principalmente via estímulo à demanda, e um impacto estrutural, que afeta a percepção de sustentabilidade da dívida pública e impacta a curva de juros. Uma política fiscal contracíclica (redução de gastos para conter a demanda) e reformas estruturais contribuem para a convergência da inflação à meta. A falta de reformas e a incerteza sobre a estabilização da dívida podem elevar a taxa de juros neutra da economia, prejudicando a política monetária e o custo de desinflação.

Fonte da Matéria: g1.globo.com