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** Tarifaço de Trump: BC prevê impactos relevantes e mantém postura cautelosa

** O Banco Central do Brasil (BC) soltou os cachorros sobre o “tarifaço” imposto pelo ex-presidente americano Donald Trump, alertando para impactos significativos em diversos setores da economia nacional. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, deixa claro que a situação é, no mínimo, preocupante. A taxa básica de juros, que continua em 15% ao ano – o maior nível em quase duas décadas! – reflete essa preocupação.

Olha só o que o BC disse: os impactos setoriais são relevantes, mas o impacto geral ainda é uma incógnita. Tudo depende de como as negociações vão se desenrolar e da percepção de risco que isso gera. A situação tá tensa, né? O Comitê tá de olho em tudo, acompanhando de perto os reflexos na economia real e nos mercados financeiros. A conclusão? Cautela, muita cautela.

O decreto de Trump, assinado na semana passada, elevou a alíquota de impostos sobre produtos brasileiros para 50%. Uau! Mas, que alívio, né? Há uma lista com 700 exceções, beneficiando setores importantes como o aeronáutico, o energético e parte do agronegócio. A bomba começa a explodir nesta quarta-feira (6).

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), cerca de 10 mil empresas brasileiras, que exportam para os EUA, podem ser afetadas. Isso representa aproximadamente 3,2 milhões de empregos no Brasil! Meu Deus! Os setores atingidos estão avaliando os prejuízos e já buscam alternativas junto ao governo federal.

O BC, como sempre, vai focar nos mecanismos que transmitem os efeitos da conjuntura internacional para a inflação interna e seu impacto nas projeções futuras. A gente já sabe: o temor, até agora não confirmado, é de que as tensões comerciais possam fortalecer o dólar, pressionando a inflação. A gente não quer nem pensar nisso…

**Inflação e desaceleração econômica: uma combinação explosiva?**

A ata do Copom também pintou um quadro preocupante sobre a inflação. O cenário projetado para o futuro continua desafiador. As expectativas de inflação, medidas de diversas formas, seguem acima da meta em todos os horizontes, criando um cenário adverso.

Enquanto isso, a atividade econômica brasileira apresenta uma certa moderação no crescimento, com dados mistos entre setores e indicadores. O BC afirma que essa desaceleração, necessária para controlar a inflação, combina com uma política monetária contracionista (juros altos). Pesquisas setoriais e dados de consumo mostram uma redução gradual no crescimento.

É importante destacar que, para o BC, essa desaceleração faz parte da estratégia para conter a inflação. Apesar disso, o “hiato do produto” segue positivo, indicando que a economia ainda opera acima do seu potencial sem pressionar a inflação. Por enquanto…

**Juros altos por um bom tempo**

O Copom avisou que vai continuar de olho no ritmo da atividade econômica, crucial para determinar a inflação. Mas a situação atual indica que a política monetária vai precisar manter os juros altos por um período consideravelmente longo para garantir que a inflação atinja a meta.

O BC usa o sistema de metas para definir os juros. Se as projeções estão alinhadas com as metas, os juros podem cair. Se estão acima, a tendência é manter ou até aumentar a Selic. Desde o início de 2025, com a meta contínua, o objetivo de 3% é considerado cumprido se a inflação ficar entre 1,5% e 4,5%. Com a inflação acima da meta por seis meses seguidos em junho, o BC teve que explicar a situação numa carta pública.

O BC olha para o futuro, para as projeções de inflação, e não para a variação atual dos preços. As mudanças na Selic levam de 6 a 18 meses para surtir efeito total na economia. Atualmente, o foco está no segundo semestre de 2026.

As projeções de mercado para a inflação em 2025, 2026, 2027 e 2028 são de 5,07%, 4,43%, 4% e 3,8%, respectivamente – acima da meta central de 3% do BC. A situação não está fácil. O BC promete continuar vigilante e ajustar os passos futuros da política de juros, sem hesitar em aumentar os juros caso necessário.

**Outros pontos importantes:**

* **Mercado de crédito:** Apresenta moderação, com recuo nas concessões de crédito livre, alta nas taxas de juros e inadimplência, e aumento do comprometimento da renda familiar com dívidas.
* **Mercado de trabalho:** Segue dinâmico, com ganhos reais acima da produtividade e redução do desemprego para níveis historicamente baixos, sustentando consumo e renda.
* **Política fiscal:** O BC reforça que uma política fiscal contracíclica (redução de gastos para conter a demanda) e que contribua para a redução do prêmio de risco favorece a convergência da inflação à meta. O enfraquecimento das reformas estruturais e da disciplina fiscal, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública podem elevar a taxa de juros neutra da economia, prejudicando a política monetária e o custo da desinflação.

Em resumo, a situação é complexa e exige atenção. O BC está atento e agindo, mas o futuro da economia brasileira ainda é incerto.

Fonte da Matéria: g1.globo.com