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Caetano Veloso brilha no Festival de Inverno Rio, com homenagem emocionante a Preta Gil

Caetano Veloso, olha só, arrebatou a plateia no Festival de Inverno Rio 2025 na noite de ontem, 3 de agosto! O show, pensado especialmente para o circuito de festivais, chegou ao Rio de Janeiro com tudo. Um ano depois da estreia da turnê com Bethânia, em 2024, Caetano mostrou que continua com a energia lá em cima.

A apresentação, basicamente autoral, já vinha sendo aprimorada desde a estreia nacional no festival Coolritiba, em 17 de maio. Mas, no Rio, teve um toque especial: uma comovente homenagem a Preta Gil, “uma grande leonina”, como o próprio Caetano definiu. A homenagem incluiu “Cantiga de ninar Moreno”, composta por Gilberto Gil há 50 anos para o filho de Caetano, e “O leãozinho”, tocada no violão pelo próprio mestre. Que momento emocionante, gente!

Apesar de não ter a grandiosidade de um show de carreira como “Meu coco” (2022), o show fluiu naturalmente na Marina da Glória. Quatro dias antes de completar 83 anos, no dia 7 de agosto, Caetano mostrou que a idade é só um número. A energia dele, meu Deus, contagiou todo mundo! O repertório, repleto de sucessos, foi uma verdadeira viagem pela história da música brasileira.

Caetano, esperto, sabe o que o público quer em grandes eventos. Ele surfou a onda dos festivais com maestria, mesclando sucessos consagrados com momentos mais intimistas. Em “Anjos tronchos” (2021) e no novíssimo samba-reggae “Um Baiana” (2025), a gente viu o Caetano indo contra a maré, mostrando a inquietude tropicalista que o acompanha há 60 anos. Isso é incrível!

Com uma big band impecável, sob a direção musical de Lucas Nunes, o show teve até uma vibe roqueira! Gal Costa, saudosa Gal, foi lembrada com “Vaca profana” (1984) e “Divino maravilhoso” (1968), em arranjos que evocaram as apresentações inesquecíveis da cantora. “Podres poderes” (1984) também se encaixou perfeitamente nesse clima.

A percussão da big band brilhou em músicas como “Cajuína” (1979), enquanto os metais, com destaque para Diogo Gomes (trompete) e Jorge Continentino (saxofone), deram um toque especial a “Eclipse oculto” (1983). “Um índio” (1976), então, foi uma verdadeira explosão de percussão e metais!

Em festivais, a gente sabe, não rola muita experimentação. Então, Caetano fez o que se esperava: cantou sucessos como “Alegria, alegria” (1967), “Gente” (1977), “Queixa” (1982) e “Reconvexo” (1989). E ainda incluiu pérolas como “Sozinho” (Peninha, 1996) e “Você não me ensinou a te esquecer” (Fernando Mendes, José Wilson e Lucas, 1978), já consagradas no repertório dele.

“Sozinho”, que bombou nas vendas em 1998, e “Você não me ensinou a te esquecer” ganharam novos arranjos, com pegada de samba-reggae, herdados do show com Maria Bethânia. Aliás, no show solo, Caetano pareceu ainda mais leve e relaxado do que nas apresentações com a irmã. Sensacional!

Os arranjos vocais que introduziram “Muito romântico” (1977), com referências a cantos de corais, também merecem destaque. Pretinho da Serrinha, convidado especial, tocou cavaquinho em “Desde que o samba é samba” (1993).

Para fechar com chave de ouro, o samba-enredo “É hoje” (Didi e Mestrinho, 1981), da União da Ilha do Governador (Carnaval de 1982), levou a plateia ao delírio! O bis com “Odara” (1977), com clima Black Rio, encerrou a noite na mais pura alegria.

Produzido pela Peck, o show mostrou que, mesmo em um formato mais leve e descompromissado, Caetano Veloso não é só mais um. Ele sabe navegar nas ondas dos festivais, e quando quer, chega lá com maestria. Um show memorável!

Fonte da Matéria: g1.globo.com