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** Dólar e Ibovespa sobem, com “tarifaço” de Trump e decisões de juros no foco

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Nesta terça-feira (29), o dólar registrou alta de 0,05%, cotado a R$ 5,5932 ao meio-dia. A sombra da guerra comercial imposta por Donald Trump continua pairando sobre os mercados. Investidores estão de olho em qualquer atualização sobre as negociações entre EUA e China, e principalmente entre EUA e Brasil. Afinal, a “Superquarta” – dia em que o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central do Brasil (BC) anunciam suas decisões de juros – está chegando, e a expectativa é grande! No mesmo horário, o Ibovespa subiu 0,52%, atingindo 132.814 pontos.

Olha só, o “tarifaço” de Trump continua sendo o assunto principal. Depois do acordo entre EUA e União Europeia (UE) no domingo (27), todos os olhares se voltam para a China. Representantes dos dois países estão reunidos em Estocolmo, tentando encontrar uma solução para as disputas tarifárias que já duram meses. A aposta é que a trégua entre as duas potências seja estendida por mais 90 dias.

Aqui no Brasil, a situação é mais tensa. Ainda não houve avanços nas negociações com os EUA. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, disse ontem que o governo segue dialogando, mas já está preparando um plano de contingência. Segundo o blog do Gerson Camarotti, interlocutores do governo afirmam que o presidente Lula (PT) está disposto a ligar para Trump, mas só se houver a garantia de que será atendido. No Planalto, o clima é de pessimismo. A sensação é que a Casa Branca só vai abrir o diálogo *depois* das tarifas entrarem em vigor, em 1º de agosto. Uma situação complicada, né?

A “Superquarta” concentra as atenções da agenda econômica. O medo é que as tarifas de Trump aumentem a inflação e provoquem alta de juros nos EUA e globalmente. As decisões do Fed e do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) saem na quarta-feira (30). Esses fatores mexem bastante com o mercado, viu?

**Resumo dos desempenhos:**

* **Dólar:**
* Acumulado na semana: +0,52%
* Acumulado no mês: +2,89%
* Acumulado no ano: -9,54%

* **Ibovespa:**
* Acumulado na semana: -1,04%
* Acumulado no mês: -4,84%
* Acumulado no ano: +9,85%

**O “tarifaço” no centro das atenções:**

Com o prazo de 1º de agosto se aproximando, as negociações comerciais estão em foco. Após o acordo EUA-UE, a China é o próximo alvo. Autoridades dos dois países se encontram em Estocolmo para tentar resolver suas disputas comerciais. A China tem até 12 de agosto para fechar um acordo duradouro com Trump. Este prazo foi definido após acordos preliminares em maio e junho, que buscavam acabar com a escalada tarifária. A expectativa é de uma extensão da trégua por 90 dias, evitando novas tensões e facilitando uma possível reunião entre Trump e Xi Jinping no segundo semestre.

**E o Brasil? A preocupação aumenta.**

A iminência das tarifas de Trump preocupa o Brasil. As negociações não avançaram, e os investidores estão apreensivos. O blog do Valdo Cruz apontou que o acordo EUA-UE diminui o poder de barganha do Brasil e reduz a urgência de um tratado entre os europeus e o Mercosul. O governo continua tentando negociar. Alckmin declarou que o diálogo continua, mas um plano de contingência já está sendo elaborado para os setores afetados. Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que Alckmin conversou longamente com Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, reiterando a disposição do Brasil em negociar, mas sem se prender ao prazo.

O “tarifaço” prevê sobretaxas de até 50% em produtos brasileiros exportados para os EUA a partir de 1º de agosto, afetando setores como aço, alumínio, minerais críticos e veículos elétricos. Interlocutores de Lula em Nova York relataram que Trump não autorizou sua equipe a dialogar com o Brasil, dificultando as negociações. Assessores presidenciais disseram que Trump quer “punir” o Brasil, sem justificativa econômica clara. Isso aumentou o pessimismo no governo sobre a possibilidade de reverter o “tarifaço”. A expectativa é que Trump só abra o diálogo após o dia 1º de agosto.

**Bolsas mundiais:**

Com o “tarifaço” e balanços corporativos no radar, as bolsas mundiais operaram majoritariamente em alta na terça-feira (29). Na Europa, o Stoxx 600 subiu 0,47% por volta das 10h, refletindo o acordo EUA-UE. Os índices europeus, segundo a Bloomberg, apresentaram os seguintes resultados (por volta das 10h):

* DAX (Alemanha): +1,18%
* CAC 40 (França): +1,25%
* FTSE 100 (Reino Unido): +0,59%
* FTSE MIB (Itália): +1,41%
* IBEX 35 (Espanha): +1,07%
* PSI 20 (Portugal): +0,17%

Na Ásia, os índices fecharam mistos, observando as negociações entre EUA e China. *Com informações da Reuters.*

Fonte da Matéria: g1.globo.com