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** Mais de 40 milhões de brasileiros pilotam motos: mulheres lideram o crescimento

** Quase 41 milhões de brasileiros têm carteira de habilitação para pilotar motocicletas! Isso representa um crescimento impressionante, quase o dobro do número registrado há 14 anos, segundo dados recém-divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) e a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Em 2025, a Senatran contabilizou 40.978.633 condutores habilitados, o que equivale a aproximadamente 20% da população brasileira (203.080.756 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2022). Olha só que número!

Mas essa explosão não é uniforme. A participação feminina nesse universo de duas rodas merece destaque. O crescimento do número de mulheres habilitadas para pilotar motos nos últimos 10 anos foi de tirar o fôlego: uma alta de cerca de 70%! Em 2015, eram 6 milhões; em 2025, esse número saltou para 10 milhões. Impressionante, né?

A categoria A da CNH permite conduzir motos de duas ou três rodas, com ou sem sidecar, e com mais de 50 cilindradas. Inclui também as categorias AB (moto e carro), AC (moto e caminhão), AD (moto e ônibus) e AE (moto e carreta).

Conversamos com alguns motociclistas para entender melhor essa paixão sobre duas rodas. As histórias são diversas, repletas de perrengues e momentos inesquecíveis.

Para alguns, a moto não era prioridade, mas acabou se tornando uma paixão. É o caso da professora Bruna Matos, de Praia Grande (SP). Ela andava na garupa desde os 16 anos, mas só comprou sua primeira moto em 2021 e tirou a CNH em 2017. “Era o mais acessível na época, e aí você pega gosto. Começamos a fazer viagens, entramos em um motoclube… me envolvi de cabeça!”, conta Bruna. A história do advogado Denis Rivera é parecida: habilitado desde 2004, só se apaixonou pelas motos – principalmente as custom – depois de alguns anos.

Outros, como a promotora de vendas Marinilde Gonzaga, do Maranhão, carregam a paixão pelas motos desde a infância. “Via meus primos pilotando no interior e a paixão brotou ali, do sangue mesmo!”, afirma ela, que divide a garagem com um carro, mas usa o automóvel raramente. O carro “fica lá esquecido, só uso para ir ao mercado ou quando chove”, brinca.

Já Bruna Baseggio, proprietária da Juma Entregas, usou a moto por necessidade profissional. Aos 16 anos, usava bicicleta para entregas; aos 18, trocou pela Honda Biz e nunca mais parou. “Sempre fui apaixonada por motos!”, declara. Para ela, a moto é prioridade, mesmo tendo um carro na garagem.

Tatiana Moura, profissional de relações públicas, também é apaixonada por motos desde que tirou a CNH aos 18 anos. Seu sonho? Uma Harley-Davidson. “Ainda estou correndo atrás!”, diz ela, com um sorriso no rosto.

Mas a paixão pelas duas rodas não está isenta de riscos. Todos os entrevistados mencionaram o medo de acidentes. Denis, por exemplo, comenta sobre a exposição a mais perigos na moto. Marinilde já ficou sem gasolina em uma viagem longa entre São Luís (MA) e Brasília (DF). Gilmara, enfermeira, passou por uma tentativa de assalto. E Caio, designer e marido de Bruna, sofreu um acidente que o deixou internado, resultando em uma cirurgia no dedo. “Acordei no pronto-socorro, com 16 pinos no dedo…”, relata ele, lembrando que não se recorda do acidente.

Apesar dos perigos e imprevistos, a paixão pelas motos continua a todo vapor no Brasil, impulsionada principalmente pelo aumento significativo no número de mulheres habilitadas. E você, já pensou em entrar para esse universo?

Fonte da Matéria: g1.globo.com