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Doze estados brasileiros apresentam um potencial enorme para a exploração de terras raras, segundo um levantamento recente do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Isso é, tipo assim, uma notícia e tanto! Afinal, estamos falando de um grupo de 17 elementos químicos super importantes para a tecnologia moderna, geralmente encontrados misturados a outros minerais e bem difíceis de separar. Apesar do nome, terras raras não são, na real, tão raras assim. O problema é que isolar esses elementos com alta pureza é um processo trabalhoso, caro e complexo.
O SGB identificou potencial em Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Pará, Rondônia, Roraima, Amazonas e Piauí. Em alguns desses estados, como Goiás e Minas Gerais, depósitos já foram confirmados. Em outros, os estudos ainda estão em andamento para confirmar a presença desses minerais estratégicos.
A maior parte das reservas conhecidas de terras raras no Brasil está associada a rochas alcalino-carbonáticas em Araxá e Tapira (MG), Catalão (GO), e a depósitos de argila iônica em Poços de Caldas (MG) e Seis Lagos (AM). Além disso, existem projetos de pesquisa avançados no sul da Bahia, envolvendo rochas monazíticas e argila iônica, e outros em andamento no Grupo Mata da Corda (MG). Olha só que interessante!
Recentemente, o g1 noticiou (quinta-feira, 24), a descoberta de 39 novas ocorrências de fosfato, terras raras (ETR) e urânio na borda leste da Bacia do Parnaíba, no Piauí. Se confirmada, essa descoberta pode catapultar o Brasil para uma posição de destaque no mercado global desses minerais estratégicos, principalmente no disputado mercado de terras raras e urânio, hoje dominado por poucos países.
Imagine o impacto! Isso significaria um fortalecimento da nossa cadeia produtiva em setores como energia limpa, alta tecnologia e defesa. Além disso, atrairia investimentos estrangeiros e reduziria nossa dependência de outros países.
Mas, o que são exatamente essas terras raras? São 17 elementos químicos essenciais para uma infinidade de produtos modernos. A gente usa terras raras em turbinas eólicas, motores de carros elétricos, chips de computadores e celulares, equipamentos médicos de ponta, satélites, foguetes, mísseis e dispositivos eletrônicos de última geração. Por isso, elas são tão importantes na economia do século XXI e, claro, alvo de disputas geopolíticas intensas.
O Brasil, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, detém cerca de 21 milhões de toneladas de terras raras, ocupando a segunda posição global, atrás apenas da China. Mas aí tá o pulo do gato: a China não só possui as reservas, como também domina toda a tecnologia de beneficiamento e refino. “A China fez uma aposta estratégica há décadas: dominar toda a cadeia produtiva das terras raras. Isso é o que falta ao Brasil”, afirma Fernando Landgraf, professor da Escola Politécnica da USP, em entrevista ao g1.
A verdade é que hoje o Brasil exporta principalmente a matéria-prima bruta. Sem tecnologia de refino em escala industrial, perdemos valor ao longo da cadeia produtiva e permanecemos como um fornecedor periférico, mesmo com a crescente demanda global. É uma situação que precisa mudar urgentemente.
Fonte da Matéria: g1.globo.com