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Trump intensifica ofensiva contra Harvard e outras universidades americanas

A administração Trump deu um novo golpe contra universidades americanas. Nesta quarta-feira (23), o governo anunciou duas investigações: uma contra Harvard, e outra contra mais cinco instituições de ensino superior. Olha só: o Departamento de Estado abriu uma investigação sobre o programa de intercâmbio da Universidade de Harvard, questionando sua elegibilidade como patrocinadora. Segundo um documento enviado ao reitor, a universidade precisa comprovar que seu programa de visitantes estrangeiros não prejudica os interesses de segurança nacional dos EUA. “Pra manter o privilégio de patrocinar visitantes de intercâmbio, é preciso seguir todas as regras, certo?”, explicou o documento. O secretário de Estado, Marco Rubio, deu a Harvard apenas uma semana para entregar todos os registros dos estudantes. Além disso, o departamento planeja entrevistar funcionários da universidade e até mesmo alguns alunos com visto. A investigação visa garantir que os programas de intercâmbio estejam alinhados com os interesses americanos, segundo o comunicado oficial. Procurada pelo jornal The New York Times, Harvard ainda não se manifestou sobre o assunto.

Já o Departamento de Educação abriu investigações simultâneas em outras cinco universidades: Universidade de Louisville, Universidade de Nebraska Omaha, Universidade de Miami, Universidade de Michigan e Universidade Western Michigan. A suspeita? Preferência indevida por estrangeiros na concessão de bolsas de estudo. O comunicado oficial afirma que as investigações vão apurar se essas universidades estariam violando o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proíbe a discriminação por origem nacional, ao priorizar estudantes com DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância) ou sem documentos. “As investigações foram motivadas por denúncias feitas pela Legal Insurrection Foundation”, explica o comunicado. Segundo as denúncias, cidadãos americanos estariam sendo prejudicados nessa prática. Craig Trainor, secretário adjunto interino para os Direitos Civis, foi enfático: “Nem a política de ‘América em primeiro lugar’, nem a lei permitem que universidades impeçam americanos de concorrer a bolsas só por terem nascido nos EUA”. Na real, uma tremenda polêmica!

Essa ofensiva contra Harvard não é de hoje. No início do mês, questionado sobre a universidade, Trump se mostrou otimista sobre um possível “acordo”. “Harvard tem sido muito ruim – totalmente antissemita. E sim, eles certamente chegarão a um acordo”, declarou. Antes disso, o Departamento de Segurança Interna já havia enviado intimações à universidade, exigindo informações sobre estudantes estrangeiros, acusando-a de permitir abusos de vistos e defender violência e terrorismo no campus, em referência aos protestos contra a guerra em Gaza. O governo também notificou Harvard por suposta violação da lei federal de direitos civis, ameaçando até mesmo revogar sua certificação. A resposta de Harvard? A universidade disse que, apesar das intimações serem consideradas injustificadas, ela vai cooperar com as solicitações legais, mas considera as ações do governo como retaliação. “Harvard continua defendendo a instituição e seus alunos, professores e funcionários contra a interferência prejudicial do governo”, afirmou a universidade em comunicado.

Desde o início de seu mandato, Trump tem protagonizado uma verdadeira cruzada contra universidades de elite americanas, acusando-as de antissemitismo e de implementar políticas “woke”. No caso de Harvard, ele chegou a congelar mais de US$ 3,2 bilhões (R$ 17,47 bilhões) em financiamento federal e tentou impedir a matrícula de estrangeiros. Essa medida, porém, foi bloqueada por um juiz. Trump, claramente, transformou os protestos estudantis em uma questão política. A situação, no mínimo, tensa!

Fonte da Matéria: g1.globo.com