Na terça-feira (22), um protesto na Câmara dos Deputados envolvendo uma bandeira com o lema “Make America Great Again” (“Tornar a América Grande Novamente”) – o famoso “MAGA” de Donald Trump – causou um baita desconforto no PL. A cena, gente, foi um tanto inusitada. Deputados do partido usaram a bandeira durante uma manifestação contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que proibiu reuniões durante o recesso parlamentar. Olha só que situação!
A ideia era protestar contra a decisão de Motta, mas a escolha da bandeira, uma homenagem explícita a Trump, acabou desviando o foco. Na real, o “MAGA”, lema da campanha de Trump desde 2016, e que virou quase um símbolo para seus apoiadores, gerou uma saia justa. Isso porque, a princípio, o protesto se dirigia à decisão de Motta de suspender as reuniões das comissões durante o recesso.
O slogan, que já tinha sido usado por Ronald Reagan, ganhou força com Trump, especialmente em 2016 e agora em 2024, estampando bonés e camisetas em seus comícios. Ele evoca uma ideia de um passado americano idealizado, mais próspero e com uma identidade nacional forte, sem as controvérsias modernas sobre imigração e justiça social.
Mas, em Brasília, a estratégia deu errado. A exibição da bandeira americana, segundo alguns, ofuscando a crítica à decisão de Motta, gerou críticas internas ao PL. Membros mais pragmáticos do partido reclamaram nos bastidores, achando que a jogada prejudicou a imagem do partido num momento já delicado. Afinal, o PL tenta contornar a crise causada pelo “tarifaço” imposto por Trump contra o Brasil, evitando desgastes para seu candidato em 2026.
Deputados como Sargento Fahur (PSD-PR) e Delegado Caveira (PL-PA) até foram aconselhados: se quisessem usar a bandeira, que o fizessem individualmente. Em grupo, a mensagem ficou distorcida e, na visão de muitos, prejudicou a imagem da legenda. A decisão de Motta, por sinal, veio após duas comissões presididas por deputados do PL convocarem reuniões com moções de apoio a Bolsonaro na pauta. Uma situação, no mínimo, complexa. E tudo isso, a gente vê, mostra como a política brasileira às vezes se mistura com questões internacionais de forma bem inesperada.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
