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Fezes em “fita”: alerta crucial que Preta Gil ignorou antes do diagnóstico de câncer colorretal

A morte de Preta Gil, neste domingo (20), trouxe à tona um alerta importantíssimo sobre o câncer colorretal, doença que vem crescendo assustadoramente entre adultos abaixo dos 50 anos. Em entrevista ao “Mais Você”, em 2023, a cantora relatou sintomas que, na época, ela achou banais, mas que acabaram sendo sinais cruciais da doença. Olha só o que ela contou pra Ana Maria Braga: Preta descreveu crises de prisão de ventre intensas – tipo, dez dias sem ir ao banheiro! – e a forma inusitada de suas fezes: “em fita”, achatadas. “Na real, eu achava normal!”, desabafou a artista. “A gente normaliza tantas coisas no dia a dia, né? A correria, o trabalho… e a saúde fica em segundo plano”, lamentou.

Mas não era normal. As fezes em formato de fita eram resultado da pressão do tumor no reto, a porção final do intestino. Além disso, ela apresentava sangue e muco nas fezes. E não parou por aí. Preta também sofria com picos de pressão alta e fortes dores de cabeça. Tanto que, numa primeira internação, o diagnóstico foi cefaleia, e ela foi encaminhada a um neurologista. Imaginem só!

O ponto de virada aconteceu no dia seguinte. Ao ir ao banheiro, ela viu algo que a deixou apavorada: “Um monte de sangue escorrendo pelas pernas! Não era pouquinho, não. Me senti mal, desmaiei… Levaram me às pressas pro hospital. Lá, já pediram tomografia e ressonância, e o tumor apareceu na primeira tomografia.” Que susto, né?

Preta nunca chegou a fazer uma colonoscopia, exame fundamental para detectar pólipos – que podem se tornar cancerosos – e que permite visualizar o intestino grosso (cólon) e a porção final do intestino delgado (íleo terminal). Usando um colonoscópio, um tubo fino com câmera, o médico consegue examinar todo o intestino. “É um exame super importante, indicado a partir dos 45 anos, principalmente se você tem histórico familiar de câncer de intestino. Nele, dá pra descobrir e até remover os pólipos na hora”, explicou Preta em sua entrevista. Infelizmente, o acesso a esse exame não é fácil para todo mundo.

A história da Preta serve como um alerta grave. Segundo dados do Jornal Nacional (21/05), mais de 45 mil pessoas devem receber o diagnóstico de câncer colorretal no Brasil em 2025, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). A doença já ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer que mais atingem homens e mulheres no país, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e dos cânceres de mama e de próstata. E o pior: o número de mortes está crescendo. Foram mais de 20 mil em 2020 e quase 26 mil no ano passado. É preciso ficar atento aos sinais do corpo e procurar ajuda médica imediatamente. A prevenção é fundamental!

Fonte da Matéria: g1.globo.com