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Fezes em “fita”: Sinal de alerta ignorado por Preta Gil que pode indicar câncer colorretal

A morte de Preta Gil, neste domingo (20), trouxe à tona um alerta crucial sobre o câncer colorretal, principalmente entre adultos abaixo dos 50 anos. Em entrevista ao “Mais Você”, meses antes de seu falecimento, a cantora relatou sintomas que, inicialmente, ela achou normais, mas que acabaram se revelando sinais da doença. Olha só: Preta descreveu crises de prisão de ventre intensas, chegando a ficar dez dias sem ir ao banheiro. E quando ia, as fezes apresentavam um formato inusitado – achatadas, como uma “fita” – e continham sangue e muco.

“Na real, eu achava aquilo normal”, confessou Preta à Ana Maria Braga. A correria do dia a dia, a prioridade dada ao trabalho, muitas vezes fazem com que a gente deixe a saúde em segundo plano. Mas, gente, isso não pode acontecer! O corpo fala, e a gente precisa ouvir! No caso de Preta, o formato das fezes era consequência da pressão exercida pelo tumor no reto, a parte final do intestino.

Além do problema intestinal, Preta também sofria com picos de pressão alta e fortes dores de cabeça. Tanto que, numa primeira internação, o diagnóstico foi cefaleia, e ela chegou a ser encaminhada para um neurologista. Imaginem só! Mas o pior estava por vir. No dia seguinte, ao ir ao banheiro, ela viu uma quantidade significativa de sangue. “Não era pouco, não. Era muito sangue mesmo!”, lembrou a cantora. Desmaiou e foi levada às pressas para o hospital, onde exames de imagem – tomografia e ressonância – revelaram imediatamente a presença de um tumor.

Preta não chegou a fazer uma colonoscopia antes do diagnóstico. Esse exame, que permite visualizar o intestino grosso e a porção final do intestino delgado por meio de um colonoscópio (um tubo fino com câmera), é fundamental, principalmente a partir dos 45 anos ou se houver histórico familiar de câncer colorretal. “É um exame super importante porque, na colonoscopia, dá pra descobrir e remover pólipos, que podem se tornar cancerígenos”, explicou Preta. Infelizmente, o exame não é tão acessível para todos.

A história de Preta Gil serve como um triste, mas importante, lembrete. O Jornal Nacional divulgou dados preocupantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca): mais de 45 mil pessoas devem receber o diagnóstico de câncer colorretal no Brasil em 2025. A doença ocupa o terceiro lugar entre os tipos de câncer que mais afetam homens e mulheres no país, atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma e dos de mama e próstata. E o pior: o número de mortes vem aumentando. Em 2020, foram pouco mais de 20 mil óbitos, saltando para quase 26 mil no ano passado. A prevenção é fundamental! Fiquem atentos aos sinais do corpo e procurem ajuda médica sempre que necessário.

Fonte da Matéria: g1.globo.com